A escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 estimulará a economia brasileira nos próximos anos e constitui um reconhecimento a uma das maiores economias emergentes mundiais, afirmou neste sábado o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"O Brasil terá muitos investimentos, muitas atividades econômicas e mais recursos graças aos Jogos Olímpicos", declarou Mantega em uma entrevista coletiva em Istambul, onde participa na reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional). "É o reconhecimento de que a economia brasileira mostra resultados mais positivos e está crescendo mais. Também vai realimentar o processo de crescimento do Brasil. Vai estimular ainda mais", completou.

O ministro destacou uma série de vantagens para o País proporcionadas pelo Rio-2016. "Vamos ter que criar uma infraestrutura, serão feitos investimentos e vamos atrair investimentos estrangeiros. A economia vai se movimentar positivamente", declarou.

Os Jogos Olímpicos também terão repercussões positivas para o setor turístico com investimentos privados. "O Brasil vai ser mais conhecido e a infraestrutura turística será melhor, com a construção de hotéis", explicou.

Ajuda - A China ofereceu ajuda ao Brasil na organização dos jogos em um encontro dos ministros das Finanças dos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) neste sábado em Istambul, à margem da reunião do FMI. "A China se ofereceu para nos ajudar com seu 'know-how' em Olimpíadas", declarou Mantega à imprensa após o encontro dos ministros dos quatro países, em referência à experiência adquirida pelo gigante asiático com a organização dos Jogos Olímpicos de Pequim ano passado.

"Nos propuseram ajudar na organização", completou o ministro, antes de afirmar que os representantes dos outros países o felicitaram pela vitória do Rio-2016.

Mantega recordou que os Jogos Olímpicos de Pequim tiveram muito sucesso e lembrou que a China conquistou o maior número de medalhas. "Não sei se nós conseguiremos também", confessou.

Nos últimos anos, o Brasil estreitou as relações econômicas e políticas com a China. De fato, os analistas do FMI destacaram que a recuperação econômica brasileira, iniciada no segundo trimestre do ano, se deve parcialmente ao crescimento das exportações para a China.