Política Titulo Diadema
Gilson quase volta ao PSB, sigla de oposição a Reali
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
03/10/2009 | 10:01
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O vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes (PSC), bem que tentou retornar recentemente ao PSB, mas o sonho não se concretizou. Pelo menos, "por ora", segundo o ex-chefe do Executivo, que administrou a cidade pelo PT e pelo PSB.

O mais estranho de tudo é que hoje os socialistas de Diadema, ao contrário da sigla em âmbito nacional, integram a bancada de oposição ao governo Mário Reali (PT). Porém, nos bastidores políticos da cidade, é real a tentativa de aproximação do chefe petista com os dois socialistas da Câmara: Wagner Feitoza, o Vaguinho do Conselho, e Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi.

Cuidadoso nas palavras. Gilson disse que o PSB - adversário no ano passado, quando integrou a chapa tucana à Prefeitura - teria sido o "principal motivo" de não ter batido as asas para outro ninho. "Não houve acerto", afirmou o vice-prefeito, ao ressaltar uma conversa que teve com "representantes" da sigla municipal há cerca de "duas semanas".

O ex-chefe do Executivo não quis revelar os nomes. "Não me manifestarei sobre isso. A reunião foi sigilosa", reforçou.

O presidente do PSB de Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, afirmou desconhecer qualquer tipo de reunião com Gilson. "Não participei da conversa", acrescentou.

Indagado sobre a possibilidade de o vice-prefeito deixar o PSC pelo PSB, Adelson foi taxativo: "O PSB de Diadema não aceita o Gilson, que nos decepcionou. Aliás, ele troca mais de partido do que de roupa". Sobre a chance de o partido ser sustentação ao governo, Adelson foi direto: "O PSB não está a leilão". Célio Boi e Vaguinho adotaram o mesmo discurso. "Desconhecemos", afirmaram.

No entanto, foram desmentidos pelo terceiro vice-presidente e um dos fundadores do PSB municipal, Brasil Silva Gomes. "Houve uma conversa entre o Adelson, o Vaguinho e o Célio Boi com o Gilson", afirmou, antes de deixar suas impressões sobre o atual vice-prefeito. "O Gilson não é um bom nome para o partido. O meu voto e o meu discurso serão não", afirmou.

Opinião compartilhada pela vice-presidente do PSB local, Sonia Rodrigues. "Sou a favor da democracia, mas a forma como o Gilson deixou o PSB não foi boa. Pelo contrário, ele pisou na bola", acusou.

Gilson, que foi presidente estadual do PSB, não quis entrar no embate e disse ter deixado a legenda por divergência interna. "A Sonia não sabe de toda a verdade", afirmou o vice, que não descartou a possibilidade de sair candidato a deputado estadual em 2010.




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