Política Titulo LONGE DAS URNAS
João Paulo Cunha descarta pleitear vaga em 2014

Condenado do Mensalão adia retorno às urnas, ponderando que atuará para pedir votos aos correligionários

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
31/03/2013 | 07:12
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Um dos 25 condenados no processo do Mensalão - esquema de compra de apoio parlamentar durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) -, o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT) não pretende retornar às urnas em 2014.

"Estou me preparando para ajudar ano que vem, quando serei apenas um militante do partido", disse Cunha.

Longe do páreo, João Paulo Cunha tende a ficar ofuscado e perder força política dentro das fileiras petistas e, consequentemente, caindo no ostracismo eleitoral.

Presidente da Câmara dos Deputados entre 2003 e 2005, o petista foi condenado no ano passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele recorreu da decisão e aguarda a conclusão do julgamento do caso.

A condenação de João Paulo Cunha foi criticada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que na época disputava a reeleição.

O chefe do Executivo recomendou que os ministros do STF voltassem à faculdade de Direito. Na ocasião, o petista disse que os ministros inverteram o ônus da prova, termo jurídico utilizado para definir quem é a pessoa responsável por sustentar uma afirmação ou conceito.

Marinho e João Paulo Cunha se encontraram quarta-feira em São Bernardo, durante ato político realizado para discutir a candidatura do deputado federal Vicente Cândido para a presidência do diretório estadual do PT, no PED (Processo de Eleição Direta), que será realizado em novembro.

Cândido concorre ao posto com o ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza. Ele conta com o apoio de lideranças petistas no Estado, incluindo Marinho e João Paulo Cunha. Ambos têm divergências políticas com Emídio.

O atual comandante do petismo paulista, Edinho Silva, tem pregado a busca por unidade para definição do nome que vai sucedê-lo no cargo, mas, nos bastidores, a falta de consenso entre os petistas está travando a discussão.

FORA DO PLEITO

A condenação na Justiça interrompeu os planos de João Paulo de disputar a prefeitura de Osasco em 2012.

Sem poder contra com o ex-deputado, a coligação Osasco Unida com a Força do Povo teve o então candidato a vice Jorge Lapas postulante ao Paço.

Ele acabou vencendo a eleição no primeiro turno com 138.435 votos (60,3% dos válidos), derrotando Osvaldo Vergino (PSD), que conquistou 38.705 sufrágios (16,78 % dos válidos).




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