Setecidades Titulo Tragédia
Curiosos dificultam ação dos bombeiros
Do Diário do Grande ABC
25/09/2009 | 07:15
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Em meio ao som de explosões, muita poeira e um forte odor de pólvora queimada, os bombeiros lutaram para controlar a situação assim que chegaram à cena do acidente. Enquanto corriam para retirar botijões de gás das casas abaladas, eles se desdobravam para controlar o grande número de pessoas que, 20 minutos após a explosão, teimavam em cruzar o cordão de isolamento.

Todos sacavam os celulares para fazer fotos dos destroços e da ação. Moradores atordoados, ao tentar chegar às casas danificadas, discutiam com os bombeiros, que os levavam para longe dos escombros.

"A gente está tentando preservar as suas vidas!", gritavam os bombeiros.

O cenário era de caos. A poeira alaranjada dos restos de tijolos destruídos cobria tudo: carros, vítimas e policiais . Na rua, os mais variados tipos de detritos se espalhavam. Desde as pipas, que davam nome ao estabelecimento, até listas telefônicas e pedaços de camas.

O coronel Luís Humberto Navarro, comandante do Corpo de Bombeiros de São Paulo, explicou que a explosão ocorreu em algum grande depósito de pólvora. "Foi um grande volume de pólvora (que explodiu), que podia estar em uma barrica ou num tanque."

Pouco após o acidente, três cães do Corpo de Bombeiros chegaram para ajudar nas buscas de outras possíveis vítimas.

Com a chuva que insistia em cair no início da tarde, a poeira dos tijolos despedaçados virou lama na Rua Américo Guazelli.

Os bombeiros usaram pás e enxadas para revirar os escombros da loja que explodiu e das quatro casas que também foram destruídas pelo impacto.

Ao todo, cerca de 50 homens dos bombeiros, de Santo André e de São Paulo, participaram das buscas, que foram finalizadas com a certeza de que não havia nenhuma vítima soterrada no local.

Mais de 60 agentes da GCM (Guarda Civil Municipal) de Santo André ajudaram a manter afastadas as centenas de curiosos que tentavam saber o que acontecia. A GCM permaneceu no local durante a madrugada para evitar que as casas esvaziadas fossem saqueadas.

A Defesa Civil de São Paulo também foi acionada, para, junto com a de Santo André, realizar o cadastro das famílias desabrigadas.

Investigadores e peritos da Polícia Civil vasculharam os escombros e encontraram milhares de varetas usadas na fabricação de fogos.




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