Sete pessoas - três homens e quatro mulheres - foram mantidas reféns por um criminoso armado com uma pistola em uma loja de material de construção na Vila Gilda, em Santo André, entre as 11h e as 13h30 de sábado. Era dia de pagamento dos funcionários e, acompanhado de outros quatro comparsas. o bandido tentou roubar o malote de dinheiro.

O criminoso exigia a presença da imprensa e de seu advogado, para garantir sua vida. E, depois de ser atendido, acabou se entregando sem ferir nenhuma das vítimas. Ele disse à vítimas que se chama Luís Fernando. E estava sem documentos. Até sábado a polícia não o havia confirmado a identificação do assaltante.

O tenente Fábio Henrique Marotti, da Força Tática do 41º Batalhão, assumiu a negociação. O policial militar contou que, bem vestidos, dois dos criminosos entraram na loja de construção na Avenida Higienópolis, pela porta da frente, se passando por clientes.

Ao anunciar o assalto, houve pânico, e cerca de 10 pessoas conseguiram fugir correndo. "A fita é dada", diziam os bandidos, segundo testemunhas. Um funcionário percebeu a movimentação e conseguiu chamar a PM, segundo o tenente. Porém, testemunhas contaram que uma viatura que passava pela avenida foi avisada por uma das vítimas que fugia assustada. E os policiais tentaram invadir o local.

Os bandidos receberam a PM com pelo menos dois disparos, que não feriram ninguém. Marotti contou que dois criminosos estavam em um carro para auxiliar na fuga e não foram localizados.

Outros dois bandidos fugiram disfarçados entre as vítimas, segundo o tenente. Um deles, roubou um Celta e um Peugeot para fugir e chegou a ser perseguido. Mas acabou despistando a polícia. O Peugeot foi encontrado na região da favela do Tamarutaca.

Bandido disparou em PM que tentou detê-lo
"A gente ficou muito nervosa. Mas ele falava que estava tudo bem, que não queria matar ninguém. Dizia que tinha entrado lá só para roubar mesmo", disse uma das vítimas pouco após o bandido se entregar.

Os reféns contaram que o momento de maior tensão ocorreu quando a PM tentou invadir o local onde eles estavam. Nessa hora, o criminoso atirou para intimidar os policiais militares.

As vítimas eram mantidas em um escritório no andar superior da loja. Os reféns foram libertados pouco a pouco e recebiam atendimento médico em uma ambulância parada em frente ao local. Mas ninguém foi ferido pelo criminoso.

Ao se entregar, ele tirou o carregador da pistola ponto 40 pertencente à PM e entregou por uma janela. E chutou a arma descarregada para o tenente Marotti.