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PSB protesta e promove 'sessão torrada' em Santo André

Vereadores distribuíram torradas aos parlamentares e ao público em protesto ao secretário Beto Torrado

Clébio Cantares
Do Diário do Grande
02/09/2009 | 07:40
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A Câmara de Santo André viveu uma sessão torrada ontem. Uma semana após deixarem a base alida, os vereadores do PSB Almir Cicote e José Ricardo distribuíram torradas aos parlamentares e ao público em protesto ao secretário de Gabinete, Walter Roberto Torrado, o Beto Torrado. "Nem água vai ter. Assim, todos verão como a torrada é dura de engolir", cutucou Cicote. Somente o vereador Marcelo Chehade (PSDB) e a bancada do PTB se abstiveram da degustação.

Cicote rebateu a declaração de Beto sobre negociações com um intermediário para que o PSB volte a integrar a base do prefeito Aidan Ravin (PTB). "Não existe conversa nenhuma e muito menos intermediário. Se ele falou com alguém, foi com a pessoa errada. Nossa saída é recente e vamos dar tempo ao tempo", destacou o socialista.

José Ricardo, presidente municipal da sigla, também foi enfático. "O Beto reclamou que não participamos de reuniões. Claro, não concordamos com a proposta. Já era um sinal de que os ventos não estavam favoráveis a eles. Estamos em momento de reflexão e vamos permanecer independentes", disse.

A bancada do DEM foi outra que reiterou não pretender voltar tão cedo para a base aliada. Evilásio Santana, o Bahia, criticou novamente Beto Torrado. "Nossa palavra não vai fazer curva. É diferente dele, que não tem palavra. Enquanto o Beto estiver como articulador com a Câmara, não voltaremos", atacou.

Endossando a fala do colega, o líder da bancada democrata, Geraldo Isqueiro, afirmou que não teve nenhuma solicitação atendida pela Prefeitura. "É muita covardia da parte dele dizer o que não é verdade. Eles prometeram coisas para meu bairro e nunca cumpriram. Tenho sido crucificado em minha comunidade por causa disso. Não vamos voltar", disse

Isqueiro ainda ironizou e indicou Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM), para a liderança do governo e propôs a criação da "Secretaria de Promessas".

Ao Diário, Beto Torrado afirmou que a saída dos partidos da base aliada é o preço da novidade. "São pessoas novas na Câmara e na administração. Temos de trabalhar também com a inexperiência e ansiedade. É o sistema democrático. Tenho de balancear os anseios pessoais dos vereadores com o que é legal e executável. Trata-se de muita coisa para conjugar e chegar a um denominador comum", declarou.

Beto, no entanto, não teme perder mais apoios. "As conversas com os demais parlamentares da base estão boas", justificou.




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