Política Titulo Dilma
Tropa de choque age para blindar Dilma e ministros
27/08/2009 | 07:40
Compartilhar notícia


A tropa de choque montada pelo governo para blindar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, funcionou na Câmara. Os aliados conseguiram derrubar e, em alguns casos, impedir a votação dos requerimentos de convocação da ministra, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Armando Félix, nas comissões permanentes da Casa.

Os requerimentos apresentados pelo DEM e pelo PSDB também pediam o depoimento do secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, da ex-secretária da Receita Lina Maria Vieira e da secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.

"A tropa não deixa votar nem moção de aniversário", afirmou o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), que defendia a aprovação dos requerimentos na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Nessa comissão, os governistas derrubaram o primeiro pedido que entrou em votação, o que previa o convite a Iraneth Dias Weiler, ex-chefe de gabinete do secretário da Receita Federal. Em minoria, a oposição acabou recuando e aceitando acordo para retirar os outros requerimentos da pauta de ontem para não sofrer mais derrotas.

Na Comissão de Finanças e Tributação, os requerimentos não chegaram a ser votados ontem. Foram para o fim da pauta e a reunião acabou antes que os deputados chegassem a eles. Na Comissão de Segurança Pública, o requerimento do DEM para convocar o general Jorge Félix foi derrotado com 11 votos contrários e cinco favoráveis.

A oposição argumenta que os depoimentos dos ministros são importantes para esclarecer a suposta interferência política da Presidência da República e do Ministério da Fazenda na Receita Federal, o que teria provocado a demissão de funcionários do órgão.

A intenção também é apurar a existência ou não da reunião entre Lina Vieira e a ministra Dilma, no Palácio do Planalto. Nessa reunião, segundo Lina, a ministra Dilma teria pedido rapidez na investigação no âmbito da Receita sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A ministra nega o encontro.

No caso do general Félix, a oposição quer saber, por que o registro de imagens de segurança no Palácio do Planalto permanece por apenas 30 dias, como informou o ministro. As imagens poderiam mostrar se Lina Vieira esteve ou não na Casa Civil em encontro com a ministra Dilma.

FORÇA-TAREFA - A Receita Federal também prepara blindagem para evitar vazamentos de informações protegidas por sigilo fiscal em meio ao clima de acirramento das disputas políticas dentro do órgão. Por determinação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a Corregedoria da Receita vai reforçar a vigilância e abrir processos contra servidores suspeitos de vazar informações sigilosas.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;