Política Titulo Cobrança
Câmara de Mauá aprova taxa da luz em 1ª votação
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
26/08/2009 | 07:32
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), conseguiu aprovar ontem em primeira votação projeto de lei que regulamenta a cobrança a partir de 2010 da CIP (Contribuição sobre Iluminação Pública). A proposta teve o apoio de dez dos 17 vereadores. Dois, no entanto, apresentaram ressalvas à medida, podem mudar de lado e comprometer a aprovação na segunda e definitiva votação.

A propositura, que institui a cobrança entre R$ 6,29 e R$ 21,31 nas contas de energia elétrica da cidade não constava na Ordem do Dia, mas entrou para plenária após reunião da base aliada com o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro. Ele teria exigido que a proposta fosse analisada em primeira discussão ontem, mesmo que não tivesse o apoio necessário para aprová-la.

O PSDC foi um dos partidos que não mostrou firmeza no apoio à lei. A sigla, que faz parte da base governista e indicou Margaret Lourenço Freire para comandar a Secretaria de Educação questionou a necessidade do imposto. "Meu voto é condicional, porque acredito que os governos administram sua negligência votando taxas. Pode parecer pouco cobrar R$ 6,29, mas não é", justificou o vereador Cincinato Freire.

A bancada do PSB, que conta com quatro cadeiras na Câmara, dividiu-se. Enquanto Alberto Betão Pereira Justino e Ozelito José da Silva votaram contrariamente, o vice-presidente do Legislativo e o líder da bancada, respectivamente, Luiz Alfredo dos Santos Simão e Osvanir Stella, o Ivan, apoiaram o governo.

ELEIÇÕES - Com discursos carregados em críticas ao governo Oswaldo Dias (PT), os oposicionistas atraíram governistas. Atila Jacomussi (PV), Silvar Silva Silveira (PV), Manoel Lopes (DEM) e Betão declaram que o ônus de aprovar um novo imposto recairia diretamente naqueles que estão de olho em cadeiras na Assembleia Legislativa e Câmara Federal nas eleições do próximo ano. "Para nós sobra o fel. Joga-se toda uma história de luta no lixo por conta de um chefe", alegou Silvar.

Os quatro parlamentares petistas tentaram durante toda a sessão minimizar os possíveis danos ao eleitorado, alertando que o imposto deve cobrir prejuízos deixados pela administração do ex-prefeito Leonel Damo. Sem unidade entre os governistas, a oposição aposta que irá conseguir mais três votos e, assim, rejeitar a proposta na segunda votação.




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