O Campeonato Paulista da Série A-2 se aproxima do fim e o Santo André terá no domingo, contra a Ferroviária, o último compromisso. Apesar de elenco qualificado, formado por jogadores experientes, com bagagem e rodagem por grandes clubes, como Ramalho, Marcio Careca, Junior Paulista, Luciano Henrique e William Xavier - mesclado a jovens promissores, como Otávio, Gustavo e Bruno Paulo, a expectativa pelo sucesso do grupo era grande.

Porém, depois de diversos problemas, como o atraso na formação do time - devido à mudança na diretoria, a equipe iniciou trabalho somente a partir do dia 2 de janeiro - e três trocas de treinador, o time não está na briga pela classificação à segunda fase e, consequentemente, ao acesso à elite estadual.

O objetivo inicial da diretoria era manter o time na divisão, afastando o quanto antes o risco de rebaixamento. O início ruim, com uma vitória, dois empates e três derrotas, custou o cargo de Ademir Fonseca. Em determinado momento, porém, a equipe engrenou de tal forma sob o comando de Arnaldo Lira - quatro vitórias e um empate - que uma das oito vagas parecia do Ramalhão.

Tanto que a diretoria investiu e trouxe reforços de peso, como goleiro Adilson, o lateral Rodrigo Heffner e o meia Danilo Cruz. Porém, o time empacou - três derrotas e uma igualdade seguidos - e passou de postulante à classificação para ameaçado pela degola. Arnaldo Lira deixou o cargo - segundo a diretoria, "em comum acordo", mesmo poucos dias após garantir que o comandante permaneceria no cargo até o fim do campeonato.

Os dirigentes apostaram em repatriar o ídolo Dedimar para dar novo ânimo ao time. Mas logo em sua estreia, o ex-capitão viu incrível derrota de virada para o Juventus, por 3 a 2. A vitória sobre o Noroeste por 1 a 0, sábado, no entanto, garantiu o Santo André na Série A-2 por mais um ano.

E nos balanços finais - mesmo com uma rodada pela frente para cumprir tabela e tentar se posicionar até o décimo colocado para ter dez mandos de jogo na A-2 de 2014 - um motivo foi eleito como fundamental para a derrocada ramalhina: tropeços em casa.

"Esse é o momento para analisar as coisas. O foco era terminar bem a Série A-2 e se livrar do rebaixamento. Por detalhes, ficamos fora do G-8. Houve coisas técnicas no caminho que atrapalharam, como o número de pontos perdidos em casa. Foram 14 no total, que fizeram falta", destacou o presidente Celso Luiz de Almeida.

Os próprios jogadores assumem que a principal parcela de culpa vem de dentro do campo. "Essa situação que nos encontramos se deve a vários fatores, como a desatenção em determinados jogos. A maioria das derrotas foi para nós mesmos", destacou o lateral-direito Nequinha.

O zagueiro Walter lamentou a eliminação precoce da equipe. "Sem a classificação, o campeonato acaba neste mês e o bom para nós, jogadores, é estar em campo. Mas, infelizmente não deu certo. O grupo é bom. Não vi nenhum neste campeonato fora do normal ou melhor que o nosso, por isso estamos todos frustrados. A não classificação é ruim para todos", concluiu.