Política Titulo Influenza A (H1N1)
Gripe suína pode parar Câmara de Santo André

Legislativo avalia a possibilidade de suspender atividades;
Prefeitura de Santo André também estuda a medida

Clébio Cantares
Do Diário do Grande ABC
05/08/2009 | 07:35
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A primeira sessão na Câmara de Santo André após o recesso contou com discussões mornas, não fosse a sugestão do vereador Donizeti Pereira (PV) de suspender o expediente do Legislativo até o dia 17 ou restringir o número de pessoas que circulam pela Casa, temendo a proliferação do vírus Influenza A (H1N1).

O assunto chamou tanto a atenção, que os vereadores convidaram o secretário de Saúde, Leonardo Carlos de Oliveira, para a sessão de amanhã. Os parlamentares solicitaram ainda a participação de um infectologista ou especialista no assunto.

Segundo Donizeti, o assunto deve ser tratado com prioridade. "Inicialmente, sugeri fechar a Câmara até o dia 17, afinal, trata-se de um local público e existe o risco de contaminação, especialmente para quem trabalha aqui. Mas, achamos melhor ouvir autoridades na área para tomar a melhor medida. Podemos até ter ação conjunta com o Executivo e suspender até os serviços na praça de atendimento no Paço. Se as aulas foram suspensas, é porque o assunto é sério", enfatizou.

Paulinho Serra (PSDB) e o presidente da Casa, Sargento Juliano (PMDB), acreditam que o ideal será restringir a circulação de pessoas. "O mais prudente será primeiro ouvir especialistas", afirmou Serra. Juliano adiantou que sessões solenes poderão ser adiadas. "A princípio, vamos restringir o número de pessoas que participam das sessões habituais e conversar com os colegas para tentar adiar atos solenes. Não queremos criar pânico."

O prefeito Aidan Ravin (PTB) declarou que toda medida preventiva é saudável. "Se houver consenso em fechar a Câmara, vamos acatar. Não vai atrapalhar tanto o nosso trabalho, mas não pode haver exagero, do contrário, viveremos um caos", afirmou.

Aidan adiantou que não deve paralisar nenhum serviço de atendimento ao munícipe. "Podemos até restringir o acesso, mas não fecharemos nada", finalizou.

Os presidentes das demais câmaras do Grande ABC conversaram ontem para tentar uma ação conjunta, mas segundo Juliano, cada Legislativo deve seguir independente. Em Mauá, Rogério Santana (PT) afirmou que antes de pensar em suspender atividades, é preciso analisar detalhadamente cada regimento interno. O presidente da Câmara de Ribeirão Pires, Edson Savietto, o Banha (PDT), avisou que só tomará decisão após consenso entre as demais casas.  (Colaboraram Paula Cabrera e Orlando Muller)




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