Nacional Titulo Violência
Roubo de carros cresce 23% no 1º semestre em SP
02/08/2009 | 10:35
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Um dos índices de violência da capital paulista que há quatro anos vinha melhorando sofreu inversão em 2009. Neste primeiro semestre, foram roubados 19,1 mil veículos em São Paulo contra 15,5 mil no mesmo período de 2008. São 3,6 mil casos a mais, ou 23%. Entre os furtos, a alta foi de 2%.

O total de crimes violentos, homicídios com intenção de matar, roubo, latrocínios, estupros e extorsões mediante sequestro, cresceu como um todo nos seis primeiros meses deste ano em relação ao ano passado. A Secretaria de Segurança Pública diz que o cenário econômico, com aumento do desemprego, interfere diretamente no aumento da criminalidade e que a partir de junho há redução nos crimes.

Desde 2005, os dados oficiais apontavam queda no roubo de veículos na capital nos primeiros semestres de cada ano. De um patamar de 23,4 mil em 2004, ano da última alta, os índices registraram quedas sucessivas até chegar a 15,6 mil no ano passado. Neste ano, a situação se inverteu e, até junho deste ano, foram levados, com violência ou ameaça, 19.102 veículos na capital. São 3,6 mil casos a mais que no mesmo período de 2008.

Com essa alta, foi anulado o ganho registrado entre 2007 e 2008, quando houve a última queda na comparação entre primeiros semestres. Entre os furtos, houve, na capital, 452 casos a mais em 2009 que em 2008. As quedas vinham desde 2006, quando foram levados 27,7 mil veículos de janeiro a junho na cidade de São Paulo.

Motivo - As justificativas do governo para a alta dos índices de criminalidade no Estado dividiram as opiniões de especialistas em segurança. "O aumento do desemprego leva, sim, o indivíduo a ter uma série de problemas", diz Luiz Eduardo Soares, ex-secretário de Segurança Nacional e atual secretário de Valorização da Vida e Prevenção da Violência em Nova Iguaçu (RJ).

Já o diretor-executivo e fundador do Instituto Sou da Paz, o advogado Dênis Mizne, acha prematuro relacionar o aumento de homicídios com o atual momento econômico. "É pouco tempo (desde o início da crise) para se ver o reflexo. Acredito que isso não explica o aumento de homicídio", afirmou.




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