O hacker inglês acusado por Washington de ter invadido os computadores do Pentágono e da agência espacial americana Nasa perdeu nesta sexta-feira um novo recurso legal para evitar sua extradição para os Estados Unidos.

A Alta Corte rejeitou o recurso apresentado pelos advogados de Gary McKinnon - um desempregado de 43 anos qualifiado pela justiça americana como o "maior hacker de todos os tempos" -, contra a decisão da ministra do Interior, Jacqui Smith, que, em outubro de 2008, deu luz verde a sua extradição para os Estados Unidos.

Em um veredicto de 41 páginas, os juízes estimaram nesta sexta-feira que a extradição era uma "resposta legal e proporcional a sua ofensa".

Detido em Londres, em junho de 2005, McKinnon é acusado de ter invadido, entre fevereiro de 2001 e março de 2002, os computadores da Nasa, do exército, das forças áreas, da marinha e do Pentágono dos Estados Unidos.

Se for extraditado, McKinnon - que, sob o nickname 'Solo', agiu sozinho em sua casa no norte de Londres -, poderá ser condenado à prisão perpétua.

O autor da maior operação de pirataria sofrida até o momento por computadores do governo americano contou em várias audiências sua surpresa ante a facilidade com que teve acesso aos arquivos desses computadores.

Seus advogados alegam que seu cliente sofre de Síndrome de Asperger, um trastorno autístico, e afirmam que qualquer afastamento de sua família poderá provar algum trauma e, inclusive, levá-lo ao suicídio.