Política Titulo R$ 60 mil
Virgílio devolve salário de assessor
30/07/2009 | 07:34
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Integrante do Conselho de Ética do Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), terá de devolver R$ 210.696,58 aos cofres públicos. Na segunda-feira, ele depositou a primeira parcela, no valor de R$ 60.696,58. O dinheiro refere-se ao que o Senado pagou em salários para um assessor do líder tucano durante um ano e meio de estudo de teatro na Espanha.

Virgílio foi obrigado a devolver o dinheiro depois da revelação de que Carlos Alberto Andrade Nina Neto passara 18 meses no exterior, longe do gabinete do tucano, sendo mantido lá às custas do Senado. A diretora de Recursos Humanos, Doris Peixoto, informou ao líder do PSDB que os R$ 210 mil são a soma de salários e recolhimento de impostos que saíram das contas da Casa para custear as despesas com o assessor na folha de pagamento.

Essa primeira parte, segundo Virgílio, é resultado da venda de um terreno de sua mulher. O restante, informou Virgílio, será pago em três parcelas de R$ 50 mil pelos próximos três meses. O senador disse que vai se desfazer de outros imóveis e realizar empréstimos para quitar a dívida com o Senado. "Quero ver se todos farão o mesmo", disse.

O assessor estudou fora - às custas do Senado - entre abril e julho de 2005 e, depois, de outubro daquele mesmo ano a dezembro de 2006. Nina Neto não é mais funcionário do Senado. Foi demitido em outubro do ano passado em meio ao cumprimento da decisão judicial antinepotismo. Ele é filho do subchefe de gabinete de Arthur Virgílio, Carlos Homero Nina, servidor de carreira do Senado.

O episódio é mais um capítulo da guerra de informações dentro da Casa. Virgílio tem sido um dos senadores que mais pressionam pela saída de José Sarney (PMDB-AP). Nas últimas semanas, recebeu o troco: foi obrigado a admitir que deixou um assessor passar um ano e meio no exterior às custas da Casa.




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