A eleição deste ano para a direção do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais) de São Caetano terá chapa de oposição com apoio de integrantes do PT municipal. A atual direção, na figura do presidente Miguel Parente Dias, sofre desgaste dos 13 anos que acumula no comando da entidade.

Diretor da entidade, Cleverson da Costa Lopes vem arquitetando a composição de um grupo plural, com integrantes de todas as áreas da administração. "Temos dez pessoas ligadas à Secretaria de Educação. Estamos formando uma turma boa e queremos a participação de todos os setores. Não adianta chegar no poder e não ter conhecimento das reivindicações de cada área."

Ex-candidato a vereador pelo PT, José Roberto de Oliveira está em conversa com Costa para auxiliar no grupo. O petista vem atuando como espécie de líder sindical na ausência da atual diretoria e liderando reivindicações de funcionários da área da Educação. A entrada dele no bloco tende a levar apoio formal de outros integrantes do petismo municipal.

Costa considera que o sindicato está inativo e vem concordando sem rebater com todas as imposições do Executivo à categoria. "Na realidade, eles só aparecem nas épocas do ano em que vai conceder abono ou reajuste. Aí vem com um folhetinho dizendo que foram eles que conseguiram. O funcionalismo batalha sozinho e eles é que querem ser o pai da criança", declarou.

Ele destaca que se tornou diretor da entidade por questionar a ausência do presidente. "Para acabar com a minha reclamação, me nomearam diretor, mas nunca me chamaram para nenhuma reunião nem assembleia. Eles não discutem nada, não respondem para ninguém", disse. Em contrapartida, a proposta da oposição é tornar a gestão transparente e popular. "Queremos que toda a categoria participe das decisões e coloque as reais necessidades na mesa de negociação."

O presidente não quis revelar quando o estatuto da entidade prevê a eleição. "Acho que é neste ano, ainda não está definido", disse Dias. O sindicalista também alegou desconhecer existência de opositor e destacou que a última vitória foi por 75% dos votos contra uma chapa organizada por petistas e tortorellistas.