Futuro candidato a deputado estadual em Mauá, o superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Atila Jacomussi, garante que até junho estará filiado a um partido. O ex-prefeiturável admitiu que, a pedido do prefeito Donisete Braga (PT), ingressará somente em legendas que estejam garantidas no arco de alianças do PT para os pleitos presidencial e estadual de 2014. O cenário, porém, não estará definido até a metade deste ano.

Quatro partidos manifestaram interesse em Atila: PSB, PV, PSC e PCdoB. Corre por fora o PRB, partido do pai e vereador Admir Jacomussi. "Espero uma definição até junho, sempre colocando em pauta a questão do nosso perfil de centro-esquerda. Quero também atender ao pedido do prefeito Donisete de me filiar a um partido que esteja com o PT nas esferas federal e estadual", disse.

Nesse cenário, o desafio de Atila será achar uma legenda que lhe dê garantia de presença no mesmo palanque do petismo em 2014, tanto na reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) quanto na empreitada do PT ao governo do Estado. Entretanto, o quebra-cabeça do contexto político nacional e estadual não se resolverá até o meio do ano.

Uma das maiores incógnitas é o PSB, justamente um dos partidos que poderiam lhe dar maior suporte à caminhada para a Assembleia Legislativa. A agremiação tem o comando da Secretaria Municipal de Segurança, com mandatário municipal, Carlos Thomaz, e dois vereadores na Câmara: Luiz Alfredo Simão e Ivan. Além disso, a linha de corte do partido para eleger um representante no Parlamento paulista é outro atrativo - em 2010 a última vaga de deputado estadual foi conquistada com 31 mil votos.

A incerteza no PSB parte do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, principal liderança socialista no Brasil. Os rumores de candidatura própria do mandatário pernambucano ao Palácio do Planalto crescem e o confronto com Dilma na eleição federal parece iminente.

Além do PSB, o PV é outro partido cujo lado em 2014 é uma incógnita. Em São Paulo, a sigla é aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputará reeleição e será novamente adversário do PT.

Mesmo ciente de que o candidato favorito do Paço para deputado estadual é o secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Eugenio Pereira Junior (PT), Atila quer subir no mesmo palanque do prefeito. Por isso, o desafio de estar numa legenda aliada. "Estando ao lado do Donisete, vejo que votos do PT vem para mim", projeta.