"Dois a zero seria um resultado ótimo." O desejo revelado por Mano Menezes ao subir para o gramado do Pacaembu foi realizado.

De Jorge Henrique para Marcelo Oliveira. De Marcelo Oliveira para Jorge Henrique. De Jorge Henrique, de pé direito, para o fundo das redes. Assim foi o primeiro gol corintiano, que abriu a vitória dos donos da casa na primeira partida final da Copa do Brasil.

O setor problema de Mano Menezes foi quem definiu a vantagem. Setor problema? Sim, com a ausência de André Santos, Mano tentou, treinou, testou e desistiu de Wellington Saci. Não dava.

Optou por Marcelo Oliveira, recém-renascido (o drama que ele enfrentou vale a redundância) depois de quase dois anos afastado do futebol por causa de duas cirurgias e um risco de amputação do pé (por causa de um infecção hospitalar) já superados.

Improvisado na lateral-esquerda, Marcelo Oliveira não estava bem quando, aos 27 minutos, encaixou a boa jogada e serviu Jorge Henrique: 1 a 0 no placar não manteve o Corinthians melhor e acelerado em campo. Ao contrário.

O Inter, que estava bem na marcação, achou uma avenida do lado direito da defesa corintiana. E foi por ali que surgiu uma sequência incrível de jogadas de Taison, Guiñazú e Andrezinho.

Alessandro, sobrecarregado no setor, parou o trio como pôde. E quando não pôde, contou com os desarmes da defesa e a má pontaria dos rivais.

Com sufoco ou não, o Corinthians saiu com 1 a 0 no primeiro tempo.

E se, para o segundo, os times voltaram iguais no papel, Ronaldo resolveu ser Ronaldo. Pelo menos em uma jogada. O suficiente para a diferença aumentar. Douglas rolou, Ronaldo deu um corte fenomenal em Índio e chutou forte: 2 a 0.

O Corinthians poderia ter feito o terceiro? Até poderia. Mas foi o Inter quem esteve muito mais perto de descontar a vantagem. Felipe, em grade noite, manteve o zero do lado colorado do placar. Como tanto queria Mano Menezes.