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Irmã de Maurício pede exoneração da Prefeitura
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
11/06/2009 | 08:13
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Durou 129 dias a permanência de Merces de Almeida Simões, irmã do ex-prefeito Maurício Soares (PT), na Prefeitura de São Bernardo. Ela havia sido nomeada pelo chefe do Executivo Luiz Marinho (PT), no dia 21 de janeiro, como monitora de atividades ligadas à juventude. No dia 1º, no entanto, foi exonerada do cargo a pedido dela.

A saída de Merces da administração foi publicada no jornal Notícias do Município - órgão oficial de imprensa da Prefeitura - distribuído ontem. A ex-monitora não foi encontrada para comentar os motivos de sua exoneração.

Maurício Soares também não soube explicar as causas do afastamento da irmã. "Não tenho ideia. Não conversei com ela sobre isso", discorreu o assessor especial da Prefeitura.

O afastamento da familiar de Maurício ocorreu 11 dias depois de o munícipe Marcelo de Sá e Sarti protocolar junto ao Ministério Público representação em que denuncia nepotismo no Executivo.

As principais críticas de Sarti, que pede à promotoria a instauração de inquérito civil para apurar os fatos, afetam a relação de Maurício Soares e Luiz Marinho.

Os políticos firmaram aliança antes da eleição do ano passado. Pelo acordo, ficou estabelecido que, em troca do apoio, cerca de 30 pessoas ligadas ao ex-chefe do Executivo que comandou a cidade em três oportunidades seriam contratadas pelo petista, caso obtivesse sucesso nas urnas em outubro - o que de fato ocorreu.

Amigos e parentes de Maurício foram demitidos durante a gestão de William Dib (PSB - 2002 a 2008), quando o ex-aliado do socialista mudou de lado na corrida pelo Paço.

Outros três familiares de Maurício Soares também foram nomeados em funções de confiança na administração petista: José Ferreira Simões, cunhado do ex-chefe do Executivo, contratado em 4 de fevereiro como chefe de divisão; a sobrinha Ana Lúcia Soares de Oliveira, nomeada assistente técnica em 13 de fevereiro; e o primo Odilon Soares de Oliveira, empregado como diretor-presidente do transporte coletivo, em 8 de janeiro.

Na ação que tramita no Ministério Público, Marcelo de Sá e Sarti também faz referência a compra antecipada de votos, já que a moeda utilizada para aderir à candidatura de Marinho foi a de cargos na administração.




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