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Trombonista Raul de Barros morre aos 93 anos
10/06/2009 | 07:00
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O trombonista Raul Machado de Barros morreu na tarde de segunda-feira, aos 93 anos, em decorrência de enfisema pulmonar e insuficiência renal. Autor do clássico Na Glória, ele morava em Maricá, no litoral norte do Rio, desde os anos 1980, quando passou a alternar momentos de ostracismo com aparições episódicas. O corpo do músico foi velado na Casa de Cultura da cidade. A última atuação pública ocorreu no Carnaval deste ano, em Maricá. O enterro está previsto para ser realizado hoje, no cemitério do município.

Como atesta o sambista Elton Medeiros, Raul de Barros é o responsável por colocar as médias e grandes orquestras no lugar dos pequenos conjuntos que tocavam em salões. Criavam-se ali, a partir do som limpo, alegre e gingado do trombone de Raul, os bailes de gafieira. E abria-se espaço para orquestras como a Tabajara.

Raul de Barros promoveu um salto de qualidade nos arranjos. Do compositor Orlando Silveira ganhou o apelido de Rei da Gafieira. Sua primeira orquestra foi criada na Rádio Nacional, nos 1950. Em 1955, foi escolhido o melhor trombonista do País em concurso da revista O Cruzeiro. Em 1966, integrou a delegação brasileira do Festival de Arte Negra de Dacar, Senegal. Com ele foram, entre outros, Clementina de Jesus, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Elton Medeiros. Foi lá na àfrica que ele tocou com Louis Armstrong. Raul de Barros atuou com músicos fundamentais para o choro e o samba, como Pixinguinha.




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