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Quarto aeroporto em SP será definido em licitação
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
09/06/2009 | 07:46
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A construção de um terceiro aeroporto na região metropolitana de São Paulo voltou a ser pauta das autoridades políticas brasileiras. Ontem, em evento do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, reafirmou a intenção de abrir licitação para um novo espaço para pousos e decolagens de aeronaves no Estado.

Sem falar em datas, Jobim ressaltou que o local onde será instalado o aeroporto não será definido pelo governo, mas pela iniciativa privada." A concessão de área não fixa a cidade onde poderá ser concretizado o projeto. O ponto zero será Congonhas e os empresários oferecerão as posições a partir daí", revelou.

O ministro enfatizou que o fato de não ser antecipado o local das instalações da nova rota de chegada e partida de aviões também tem o objetivo de evitar especulação imobiliária. "Imagine o valor que os imóveis atingiriam?", ponderou.

Supervalorização de terrenos ocorreu no início da década no entorno do Trecho Sul do Rodoanel. Em 2003, após dois anos do anúncio da obra, os imóveis de alguns bairros de Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, São Bernardo e Mauá ficaram 50% mais caros.

Ao frisar a carência por mais um aeroporto, Nelson Jobim descartou a criação da terceira pista em Cumbica, Guarulhos. "Sobrevoamos o local e constatamos que há muitos problemas para levar a ideia adiante."

Entretanto, o ministro anunciou modernizações na maioria dos aeroportos do País, inclusive em Congonhas, Cumbica e Viracopos, em Campinas. A maior parte das intervenções será efetiva no período de 2011 a 2015. As verbas para investimento serão oriundas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Caso antigo - A retomada da necessidade de estabelecer outro aeroporto também remete a discussões acerca da hipótese de o Grande ABC receber o projeto. Em 2007, depois da queda do Airbus da TAM, que matou 199 pessoas em São Paulo, um amplo debate sobre o assunto tomou conta do País.

Cogitou-se que a região teria condições de absorver a infraestrutura aeroportuária. As vantagens seriam a proximidade com a Capital e com o Porto de Santos e as condições de mobilidade urbana, mas a geografia - com boa parte das cidades em áreas de proteção ambiental e a grande densidade demográfica - jogou contra o conjunto dos sete municípios.




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