Economia Titulo Expectativa
Economia pode crescer no segundo trimestre
01/06/2009 | 07:04
Compartilhar notícia


A retração da economia brasileira ocorrida nos últimos dois trimestres e que caracteriza uma recessão técnica pode já ter ficado para trás. Entre abril e junho, consultorias privadas estimam que o PIB (Produto Interno Bruto) deverá crescer entre 1% e 2,5% sobre o período anterior, puxado especialmente pela produção industrial.

Apesar de a indústria responder por 28% do PIB e os serviços terem maior peso (65%), é a produção das fábricas que dará o tom do crescimento dos próximos meses. Isso porque a indústria foi o setor que mais sentiu o tranco da crise a partir do fim do ano passado.

Hoje será conhecido o desempenho da indústria de abril. A expectativa é de elevação de até 2,4% da produção industrial dessazonalizada em relação a março, segundo estimativa da economista-chefe do ING Bank, Zeina Latif.

Se essa projeção for confirmada, a indústria continuará a trajetória de recuperação apurada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre janeiro e março, a indústria cresceu 4,8%, descontados os efeitos típicos dessa época do ano. "Se a indústria tiver crescido 2% em abril, fechará o primeiro quadrimestre com alta de 7%", calcula o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, que faz uma projeção otimista, porém mais modesta que o ING Bank. Ele pondera que esse crescimento ainda será insuficiente para recuperar a queda de 20% na produção industrial acumulada no último trimestre do ano passado.

"A volta da produção industrial ao nível pré-crise deve ocorrer no último trimestre deste ano", prevê Borges. Ele argumenta que dois segmentos chave da indústria, o de bens de capital e o de bens intermediários, enfrentam hoje forte retração na produção e emperram o ritmo de crescimento da indústria em geral. Juntos, esses dois segmentos respondem por 60% da produção industrial.

A produção de aço, por exemplo, teve queda na faixa de 40% no primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período de 2008, segundo dados do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia). O setor sofre de perto os efeitos da recessão porque metade da sua produção é exportada.

No caso dos bens de capital, o faturamento real caiu quase 25% no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo período de 2008, segundo a Abimaq (Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;