Para titular da Pasta de Finanças de S.Bernardo, situação positiva dos cofres foi herdada dos mandatos anteriores
Integrante da administração Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, atribuiu às gestões anteriores (comandadas pelo adversário político William Dib, do PSB) a saúde financeira do município.
Durante audiência pública sobre a situação no primeiro quadrimestre do ano, o secretário de Finanças, Jorge Alano Silveira Garagorry, admitiu que os bons números da cidade - como equilíbrio entre receita e despesa - são reflexo da administração nas gestões anteriores.
"Do ponto de vista econômico-financeiro, São Bernardo já vem com uma saúde bastante acima da média dos municípios paulistas." Para o chefe da Pasta, o ponto forte do município é o baixo endividamento. Nos primeiros quatro meses deste ano, o resultado nominal da dívida consolidada caiu para R$ 18,37 milhões ante R$ 179,73 milhões em 31 de dezembro de 2008.
A receita do município entre janeiro e abril também cresceu em relação ao mesmo período do ano passado. Passou de R$ 630,67 milhões para R$ 638 milhões, mesmo diante das perspectivas de redução motivadas pela crise econômica mundial.
A arrecadação com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) teve elevação de 7,3% e chegou a R$ 115,22 milhões. A receita com o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) foi de R$ 86,43 milhões, alta de 17,5% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2008.
Garagorry atribuiu o resultado positivo ao modelo de gestão do prefeito Luiz Marinho (PT). Mas para o ex-secretário de Finanças Pedro Pinheiro, é cedo para avaliar. "Janeiro, fevereiro e março são os meses de maiores arrecadações nos municípios. É natural que os números sejam equilibrados neste início de ano, já que no ano anterior as finanças de São Bernardo já estavam organizadas. Por isso, o que vemos é um reflexo da gestão anterior", explicou Pinheiro.
Segundo ele, é a partir dos próximos meses que o trabalho econômico-financeiro da gestão Marinho poderá ser avaliado. "Agora começarão a ser feitos convênios, a Prefeitura buscará recursos do governo federal e poderá até fazer empréstimos para realizar projetos. O impacto será sentido no próximo quadrimestre e, aí sim, será possível fazer uma avaliação."
LDO - Durante a audiência pública, o secretário de Finanças apresentou à população e aos vereadores o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2010. O documento norteia a LOA (Lei Orçamentária Anual).
A previsão da administração é que o PIB da cidade tenha crescimento de 4,5% ao ano e a receita orçamentária chegue a R$ 2,17 bilhões.
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