Economia Titulo Montadoras
Fiat quer adquirir atividades da GM na América Latina
Da AFP
05/05/2009 | 08:12
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A montadora italiana Fiat, que pretende assumir o controle da Opel, filial alemã da americana GM (General Motors), também está em negociações para adquirir as atividades na América Latina da GM, informou nesta terça-feira à AFP uma fonte ligada à montadora.

"A Fiat quer adquirir as atividades da GM na América Latina", afirmou a fonte, segundo a qual "as negociações já começaram". O porta-voz da Fiat se recusou a comentar a informação.

A GM, implantada no Brasil, Argentina e Chile, vendeu no ano passado 1,2 milhão de veículos na região. Já a Fiat vendeu 700 mil unidades na América do Sul em 2008 e tem quase 25% de participação no mercado brasileiro.

Segundo a fonte italiana, a GM pode ceder suas atividades na América Latina como parte de um plano de reestruturação.

"A GM tem que dar respostas à força tarefa (o grupo de trabalho criado pelo presidente americano Barack Obama) antes do fim do mês", recordou a fonte.

A montadora americana, que permanece em funcionamento graças às ajudas financeiras do governo, deve demonstrar até o fim de maio que tem condições de garantir o equilíbrio financeiro a longo prazo.

O grupo italiano acaba de assinar uma aliança importante com o grupo americano Chrysler e quer comprar também as atividades da GM na Europa. Na segunda-feira apresentou ao governo alemão um plano de compra da Opel, filial da agonizante gigante de Detroit.

As alianças resultariam na criação de um dos maiores grupos automobilísticos do mundo.

A Fiat, atualmente uma montadora de peso médio, com um total de 2,15 milhões de unidades vendidas em 2008, quer aproveitar a atual crise mundial para se impor no cenário automobilístico.

O diretor geral da empresa, Sergio Marchionne, acredita que a crise provocará uma concentração do setor, com apenas seis montadoras capazes de fabricar de 5,5 a seis milhões de veículos por ano.

A Fiat pretende introduzir na Bolsa uma nova empresa, que agrupe o braço automobilístico (marcas Fiat, Lancia e Alfa Romeo) com aqueles adquiridos da Chrysler e com as atividades europeias da GM.

O novo grupo teria um volume de negócios de 80 bilhões de euros (US$ 107 bilhões) e uma produção anual de seis a sete milhões de unidades.

Isto faria da empresa a terceira maior do setor, atrás apenas da japonesa Toyota, líder mundial, e da alemã Volkswagen.

 




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