Depois de quatro remarcações, a Câmara de Santo André realizou ontem à tarde audiência pública para discutir as mudanças paisagísticas iniciadas nos espaços públicos da cidade em fevereiro.

Com a presença de poucos ambientalistas - o encontro foi marcado em horário comercial -, o secretário de Obras e Serviços Públicos, Alberto Casalinho, explicou que a substituição de plantas de alguns pontos da cidade não tem interesse de modificar o atual padrão paisagístico.

O diretor do Depav (Departamento de Parques e Áreas Verdes da Cidade de Santo André), Luiz Fernando de Oliveira, afirmou ainda que a retirada de algumas árvores do Paço Municipal, por exemplo, teve como objetivo "dar mais visibilidade ao projeto arquitetônico", além de influenciar na segurança de pedestres.

Quanto ao principal questionamento feito pelos vereadores - o de não consultar a população - ele foi taxativo. "Acho que tenho conhecimento técnico para fazer este trabalho sem consultar ninguém". Também passaram por mudanças a Praça Adhemar de Barros e a Avenida Prestes Maia, próximo à Fundação Santo André.

"É um descaso com a população. Eles (a Prefeitura) fazem as modificações que bem entendem sem consultar ninguém e ainda marcam a audiência em horário que ninguém pode vir, para não ouvir reclamações", lamentou o ambientalista Edmar Ângelo Folguerar.