O PT de São Caetano já tem data para resolver o imbróglio pelo qual passa o partido desde a derrota da chapa majoritária na eleição do ano passado. No dia 9 de maio será realizado um seminário interno que definirá o posicionamento da agremiação em diversas frentes.

Durante a atividade, a legenda também objetiva criar uma "agenda propositiva para a cidade", como definiu o presidente do diretório municipal, Edison Bernardes, o qual já descarta disputar a reeleição no PED (Processo de Eleição Direta), no fim do ano.

A principal decisão, entretanto, será fixar uma postura em relação ao governo do prefeito José Auricchio Júnior (PTB), reconduzido ao cargo no pleito de 2008 com 78,1% dos votos válidos - superou o candidato petista Jayme Tortorello, o qual obteve 13% de adesões.

O impasse está no vínculo do único vereador eleito pela legenda, Edgar Nóbrega, e a administração petebista, cujo grupo dirige a cidade desde 1982. A rivalidade histórica entre as siglas está sendo dissolvida pelo comportamento do parlamentar.

Edgar não se declara como oposição, ao preferir a conotação de executor de "um mandato pelo bem da cidade". Ele tem votado nos projetos do Executivo e dos pares governistas com "suas próprias convicções". O vereador, inclusive, trabalha para unir o PT e PTB na corrida pelo Paço em 2012.

A postura do petista - que na atual legislatura participa de inaugurações e reuniões com a base de sustentação de Auricchio - tem causado certa repulsa de militantes de outras alas do PT, dentre elas a claque cujo um dos integrantes é Ricardo Rios, segundo candidato ao Legislativo mais votado do partido em 2008. Sem linha política definida, a executiva da sigla sequer pode cobrar um comportamento mais combativo do vereador.