Política Titulo Ribeirão
Volpi articula disputa em Mauá pelo PSDB
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
02/04/2009 | 07:30
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O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV) já trabalha, nos bastidores, na articulação de sua provável candidatura à Prefeitura de Mauá em 2012. O PSDB mauaense garante o apoio ao político e não descarta a possibilidade de trazê-lo de volta à sigla, na qual já foi presidente estadual. As duas legendas, de qualquer forma, estariam juntas na chapa encabeçada por Volpi.

Com isso, das três exigências do prefeito para confirmar a candidatura - Volpi disse que seria candidato caso houvesse "condição jurídica, clamor popular e acordos políticos"- falta ao prefeito apenas a coragem para renunciar ao cargo em Ribeirão até junho de 2011, medida necessária pela Lei Orgânica das duas cidades - Mauá determina que o candidato deve residir no município pelo menos um ano antes da eleição e Ribeirão não permite que o prefeito viva em outro domicílio eleitoral.

Nos bastidores de Mauá e Ribeirão, a troca de cidade de Volpi já é dada como certa.

Mudança - O vice-presidente do PSDB de Mauá, José Antonio Acemel, o Espanhol, confirmou que já indagou Volpi sobre a possibilidade de o prefeito voltar à legenda. "Volpi é muito querido por todos do PSDB. Se ele for candidato em Mauá, terá dois partidos para escolher. Deve pensar que o PV de Mauá teve um mandato desgastado e nem teve coragem de lançar candidatura própria. Já o PSDB tem chances de eleger um novo governador e também presidente. Ele tem as duas opções."

Apesar do convite, Espanhol diz que o PSDB apoiará o nome de Volpi independentemente de sua volta ao partido. "PV e PSDB têm 99% de chances de estarem juntos na próxima eleição em Mauá. Poderemos indicar prefeito ou vice", afirma.

A volta de Volpi para o PSDB seria articulada por Luiz Antonio Daniel, o Pasquim, integrante fundador do diretório de Mauá e braço-direito do prefeito de Ribeirão. Questionado, Pasquim diz que torce para que Volpi volte a sigla onde ganhou notoriedade, mas nega a articulação precoce. "Volpi foi deputado e vereador pelo PSDB de Mauá, é fortíssimo candidato e com ele ganharíamos o Paço, mas é muito cedo para qualquer discussão sobre isso."

Pasquim justifica que quem tem tornado a possível candidatura de Volpi forte na cidade são seus opositores. "Não estamos buscando apoios nem desenhando articulações, mas aqueles que torcem o nariz para a vinda dele para Mauá têm tentado desestabilizá-lo, e com isso só aumentam suas forças."

Apoio - O vereador de Mauá e amigo de Volpi Osvanir Stella, o Ivan (PSB), disse que o "clamor popular" para a eleição de Volpi já existe. "Vemos a vontade maciça da população pelo seu nome. Basta apenas o conhecimento jurídico. Não estamos fazendo campanha, mas já virou mania", exagerou.

Questionado sobre a renúncia, Volpi esquivou-se. "Renunciar quando? Temos de ver a determinação da lei", disse.

Procurado, Ednaldo Menezes, o Dedé (PPS), vice de Volpi, que já esteve à frente do Executivo por 12 dias durante a licença médica do prefeito, e que assumiria o Paço em definitivo, não foi encontrado para comentar o assunto.




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