Política Titulo 2010
Ministra torna-se alvo por ser única candidata
09/03/2009 | 07:06
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A pré-candidatura única no governo da ministra Dilma Rousseff às eleições presidenciais de 2010 livra o presidente Lula de dividir seu apoio, mas torna transparente qualquer ação do governo destinada a beneficiá-la eleitoralmente. Como ela é hoje a única ministra exposta como pré-candidata, todos os holofotes no governo se voltam para ela. Com as luzes, carrega junto toda a atenção da oposição.

Nos últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), as articulações no governo para a escolha de um candidato único impediram que um ministro fosse escolhido com tanta antecedência para ser trabalhado para as eleições presidenciais seguintes. À época, ao menos dois integrantes do primeiro escalão tinham pretensões eleitorais explícitas: José Serra (Saúde) e Paulo Renato (Educação).

A divisão de forças obrigou o governo a partilhar, por exemplo, os recursos destinados a programas sociais. Os dois dividiram, por consequência, a publicidade espontânea que inaugurações, viagens e eventos públicos geram para o pré-candidato que ainda está no governo.

Mesmo com essa dificuldade, o governo foi acusado, principalmente pelo PT, de tentar antecipar a campanha eleitoral ou de utilizar a máquina pública para beneficiar eleitoralmente os ministros de FHC.

Agora, Dilma é a candidata natural à sucessão de Lula. A disputa que resta apenas a alguns ministros é pela vaga de vice na chapa que será encabeçada por ela. Enquanto isso, ela seguirá coordenando as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e acompanhando o presidente nas viagens que faz pelo País.

Restará à oposição acompanhar os passos da ministra e se queixar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por campanha antecipada. Mas o resultado pode não ser o esperado.

O advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, por exemplo, avalia como um erro estratégico da oposição a acusação de que Lula e Dilma anteciparam a campanha eleitoral no encontro com prefeitos em Brasília, no mês passado.

A representação da oposição ao TSE, afirma Toffoli, acabou jogando em favor da ministra, aumentando a exposição de seu nome pelo País.




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