Política Titulo Rompimento?
Marinho nega fim de acordo com Fundação

Segundo o prefeito de São Bernardo, idéia é assumir apenas a parte gerencial do sistema

Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
08/03/2009 | 07:00
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Ao contrário do que diz o projeto de reforma da Secretaria de Saúde, encaminhado à Câmara de São Bernardo na semana passada, o prefeito Luiz Marinho (PT) afirmou que não pretende romper o convênio com a Fundação do ABC na prestação de serviços para a área.

A idéia, segundo ele, é assumir apenas a parte gerencial do sistema. "A Fundação será uma parceira importantíssima na execução desta gestão. Contaremos com ela na aplicação das políticas e no atendimento", disse. Marinho também negou a insatisfação com o resultado da parceria.

O projeto de reestruturação da Pasta pretende, além de "absorver, gradativamente, os serviços prestados através do convênio com a Fundação", criar mais dois departamentos na estrutura, totalizando seis: Atenção Básica; Atenção Especializada; Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência; Proteção à Saúde e Vigilância; Apoio à Gestão e, por fim, Administração à Saúde.

A remodelação da Saúde também prevê o aumento de 67 cargos, passando de 107, durante a gestão de William Dib (PSB) para 174. Os cargos custarão, ao ano, R$ 327,47.

A matéria chegou no Legislativo no fim da tarde de quinta, mas até a noite do dia seguinte ainda não havia sido repassada aos parlamentares.

A previsão do presidente da Casa, Otávio Manente (PPS), é que a matéria não seja levada à votação na sessão extraordinária de amanhã. "O que podemos fazer é tentar apresentar o projeto na segunda (amanhã). Mas não deverá ir para a votação porque pretendemos que o secretário de Saúde vá ao plenário e exponha o projeto aos vereadores."

O comportamento de Manente segue à risca os pedidos de Marinho, que diz não ter pressa para aprovar projetos. "Creio que o parlamento tem o direito de tomar conhecimento dos projetos. Não precisa de pressa para votar. Eu falei para o presidente da Casa para propor a todos os vereadores que recebam os secretários para expor o projeto".

E, segundo ele, essa interação com o secretariado, classificada como "democrática e transparente" vai virar rotina do plenário. "Invariavelmente, na outra gestão tinham projetos aprovados que mesmo vereadores da situação não sabiam exatamente do que se tratava", atacou.

DESMEMBRAMENTO - O chefe do Executivo afirmou que o desmembramento da reforma geral administrativa e a criação de matérias específicas para as secretarias de Segurança Urbana e Saúde visavam uma melhor compreensão do parlamento e, consequentemente, a aprovação mais rápida. "Essas duas pastas tiveram prioridade durante a campanha e e terão grandes modificações."




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