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Obama anuncia retirada de tropas do Iraque até agosto de 2010

Missão de combate no Iraque terminará até 31 de agosto de 2010; partida final ocorre no fim de 2011

Da AFP
27/02/2009 | 10:00
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O presidente Barack Obama anunciou nesta sexta-feira a retirada da maior parte das tropas americanas do Iraque até o fim de agosto de 2010, para deixar no país uma força "reduzida" antes da partida total, prevista para o fim de 2011.

"Deixem-me dizê-lo o mais claramente possível: até 31 de agosto de 2010 nossa missão de combate no Iraque terminará", disse Obama, ao apresentar sua nova estratégia para o país do Golfo, em discurso pronunciado na base de fuzileiros navais no Estado da Carolina do Norte.

Segundo o presidente, depois de agosto permanecerão ainda entre 35 mil e 50 mil efetivos americanos em território iraquiano.

Obama explicou sua estratégia destacando que a situação no Iraque melhorou, mesmo se "a violência continue a fazer parte da vida dos iraquianos". Ele lembrou que suas prioridades não são as mesmas que as de seu predecessor George W. Bush, e argumentou que esta retirada do Iraque permitirá um maior esforço militar no Afeganistão.

A ideia também é pressionar os dirigentes iraquianos. "A retirada de nosso exército envia uma mensagem clara ao Iraque, de que seu futuro está agora em suas mãos", declarou Obama, que ligou para o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, no avião que o levava para a Carolina do Norte.

Em Bagdá, Maliki reiterou sua confiança "em nossas forças armadas e em nossos serviços de segurança para proteger o país e consolidar a segurança e a estabilidade".

O presidente americano prometeu um "esforço político, diplomático e civil considerável" para ajudar o Iraque. A nova oferta de diálogo feita ao Irã e à Síria, vizinhos do Iraque e principais inimigos dos Estados Unidos na região, se inscreve neste esforço, ressaltou Obama, que também anunciou a nomeação do diplomata Christopher Hill como embaixador em Bagdá.

Segundo vários políticos, as eleições parlamentares de dezembro marcarão uma nova etapa no processo de reconstrução do país, e a retirada militar americana deverá se acelerar em seguida. Um destes líderes ressaltou que Obama poderá mudar seus planos, se for necessário.

O anúncio de Obama ganhou o apoio do republicano John McCain, seu adversário durante a campanha presidencial. "O plano é arriscado, mas acho que é um plano aceitável", declarou.

O porta-voz de Obama, Robert Gibbs, informou que o presidente também ligou para Bush, "por uma questão de cortesia".




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