Acostumado a conquistar títulos, o meia Rivaldo, eleito melhor do mundo pela Fifa em 1999, se disse triste com a situação do São Caetano no Campeonato Paulista, e explicou a alfinetada dada no time, há poucos dias, via Twitter, quando afirmou que estava faltando “vergonha na cara”.

“Foi um momento de desabafo. Aqui não tem pressão de torcida, como tem outros clubes, como no Palmeiras. Com os jogadores que temos aqui, não era para estarmos nesta situação. Quando digo vergonha na cara, aí me incluo nisso, é no sentido de que fico envergonhado de entrar em campo e perder até para clubes intermediários. Acho que falta a cada um de nós se doar um pouco mais. É triste, não quero ser um perdedor”, desabafou o pentacampeão pela Seleção Brasileira.

O meia, que já fez cinco jogos pelo Azulão e marcou dois gols, um no empate (2 a 2) com o Corinthians, descartou rescindir contrato com o clube, válido até o fim do ano, caso a equipe seja rebaixada para a Série A-2 do Estadual. “Independente do que acontecer, não vou fugir ao compromisso de ajudar o São Caetano a buscar o acesso na Série B do Brasileiro. Vou cumprir meu contrato até o fim, mas isso (rebaixamento) não vai acontecer. A equipe vai reagir”.

Para Rivaldo – campeão Brasileiro com o Palmeiras em 1994, Espanhol com o Barcelona, em 1998, da Liga dos Campeões da Europa com o Milan, em 2003, e da Copa do Mundo de 2002 com o Brasil – pelo elenco que tem, o Azulão deveria estar brigando para conquistar uma vaga entre os oito que avançam à próxima fase. “O São Caetano tinha que ser hoje a quinta força do futebol paulista com o grupo que tem. Gostaria de ter uma resposta para este momento ruim. Acho que é má fase mesmo. Mas temos de ser otimistas. Sabemos que só depende de nós para mudarmos este quadro”.

Apesar do carinho pelo Palmeiras – foi campeão Brasileiro em 1994 e Paulista em 1996 pelo clube –, Rivaldo disse que vai deixar as lembranças de lado e comemorar se fizer gols.

"Tive uma passagem bonita pelo Palmeiras, mas agora tenho de pensar em ajudar o São Caetano”, disse.

CLIMA

O volante Fabinho, também experiente e que já passou por diversos clubes, entre os quais Corinthians, onde foi campeão paulista em 2003, e o Cruzeiro, concorda com Rivaldo.

Recém-contratado, Fabinho descarta que as constantes trocas de técnico causem incertezas no elenco, já que Ailton Silva tinha saído para a contratação de Geninho e agora foi recontratado.

“Incerteza a gente vê nos olhos dos jogadores por nossa situação no campeonato. O ambiente fica ruim por isso, porque ninguém está satisfeito com esta situação. A diretoria fez a parte dela na tentativa de acertar e trouxe o Ailton de volta porque acredito no trabalho dele, e nós também. Ele conhece o grupo e notamos que o astral já melhorou”, garante o volante, que vai para o terceiro jogo com a camisa do Azulão. Estreou contra o Botafogo e depois enfrentou a Ponte Preta, em Campinas.

Patrick Vieira confia nos pratas da casa

Companheiro de Kléber no ataque titular do Palmeiras, Vinícius, que fez parte do elenco da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2013, é a principal referência dos jovens jogadores da equipe na temporada.

Com João Denoni sem espaço após as contratações de cinco volantes, apenas mais um jogador formado no clube tem tido espaço para mostrar serviço: o meio-campista Patrick Vieira, provável titular hoje contra o São Caetano.

Patrick começou a temporada como titular e se manteve nessa condição até o confronto diante do Tigre (Argentina), pela Libertadores, e o clássico contra o São Paulo. Antes disso, o meio-campista havia vivido uma semana especial com gol marcado na primeira rodada da competição continental, diante do Sporting Cristal.

Mesmo com a possibilidade de Vinícius dar espaço para Leandro, criado na base do Grêmio, na próxima rodada, Patrick Vieira se anima com a utilização de jogadores mais jovens no Palmeiras.

Na última semana, inclusive, o presidente Paulo Nobre e o diretor executivo José Carlos Brunoro anunciaram a reestruturação nas divisões de base do clube, a começar pela demissão do técnico Narciso e outros sete profissionais. Mas Patrick garante que o técnico Gilson Kleina pode confiar nos CF51pratas da casa/CF.

"Ah, dá para confiar na gente sim. Muito se falava da base do Palmeiras, mas tem bastante gente treinando junto com os profissionais. Eu joguei ano passado, o João Denoni também, agora o Vinicius. O Gilson passa confiança para a gente e o torcedor pode ter certeza que a molecada está preparada para segurar a barra”, relatou Patrick Vieira, otimista por novas chances aos novatos do Verdão.

O jovem meio-campista também prefere absolver o ataque, que tem deixado nas mãos de jogadores de outras posições a responsabilidade de marcar os gols do Palmeiras: “Não me incomoda a má fase dos atacantes, porque isso independe de quem está fazendo os gols. O mais importante é sair com a vitória. Todo mundo está focado no que está sendo feito dentro de campo”. A vitória se faz necessária ao Palmeiras, porque a torcida ainda não está satisfeita com o rencimento do time.

Bilheterias do Anacleto vão fechar uma hora antes do jogo

O torcedor que quiser ver o jogo terá de se apressar na busca pelos ingressos restantes. É que, por determinação da Polícia Militar, a venda terá de ser encerrada às 15h, uma hora antes do jogo. O clube colocou 9 mil ingressos à venda. As entradas para as cadeiras cobertas custam R$ 100 (R$ 50 meia) e arquibancadas R$ 80. As bilheterias do estádio estarão abertas a partir das 9h30.

Por conta da reforma feita em 2008, o Anacleto Campanella tem agora capacidade para 11 mil torcedores.

IMPRENSA

A Prefeitura prometeu tomar providências para evitar que as cabines para repórteres sejam ocupadas por convidados de dirigentes, como ocorreu contra o São Paulo.

Na ocasião, a cabine para imprensa escrita, com lugar para apenas seis computadores, estava cheia duas horas antes do jogo. Jornalistas que chegaram depois tiveram de procurar outras áreas, enquanto duas cabines, conforme o Diário apurou, estavam ocupadas por convidados de um vereador da cidade.

Por conta da concessão municipal, a distribuição das cabines no estádio fica a critério do São Caetano. MB

Sem Valdivia, Rondinelly pode ter oportunidade no Verdão

Rondinelly chegou ao Palmeiras no último dia 20 de fevereiro, mas ainda não teve chance de estrear. Fora da Libertadores por ter assinado depois do período de inscrições da fase de grupos, o meia-atacante aguarda uma oportunidade para vestir pela primeira vez a camisa do Verdão em uma partida oficial. E isso pode acontecer hoje no Anacleto Campanella, em São Caetano.

Com o novo problema muscular de Valdivia, o meia pode ser escolhido por Gilson Kleina para assumir a vaga no meio de campo.

“Acho que é uma oportunidade. Estou demonstrando a minha qualidade nos treinos. Com a infelicidade do Valdivia, abre uma possibilidade para a posição. Estou preparado para quando estrear.” disse o meia.

Rondinelly está emprestado ao Palmeiras até o fim do ano. Ele chegou ao clube na transação que levou Barcos para o Grêmio. O atleta se destacou no time gaúcho na temporada passada, mas perdeu espaço com o bom rendimento de jogadores como Elano e Zé Roberto.

Além dele, o técnico Gilson Kleina conta com Wesley, Ronny e Tiago Real para a vaga de Valdivia. Isso se o treinador preferir manter o esquema das últimas partidas do Verdão, com dois jogadores mais de armação e apostando no veloz Vinícius e no centroavante Kleber.