Política Titulo Planejamento
Grana quer impor marca e põe secretários para trabalhar
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/03/2013 | 07:32
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Visando impor marca à administração, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), abriu ontem e finaliza hoje série de reuniões com o primeiro escalão do governo para tratar de planejamento estratégico. Com 75 dias de gestão, o petista coloca o secretariado para trabalhar no fim de semana, sob a justificativa de expor as principais metas a serem cumpridas nos quatro anos de mandato. Bem como ocorreu ontem, o encontro hoje será das 8h às 18h, no Paço.

O plano, arquitetado nesse início de comando da Prefeitura, que retornou às mãos do PT após quatro anos de hiato, propõe dar ‘cara' ao projeto petista, objetivando tirar do papel o programa de governo prometido durante a campanha eleitoral. Ao término da administração Aidan Ravin (PTB, 2009-2012), críticas surgiam, especialmente no pleito de outubro, em relação à falta de grandes obras inauguradas com as cores da gestão municipal.

O secretário de Gabinete da Prefeitura, Tiago Nogueira (PT), sustentou que a primeira reunião, ontem, foi somente preliminar. Segundo o titular da Pasta, o encontro serviu inicialmente para "chuva de ideias". "Levantamos os desafios primordiais e discutimos os eixos por melhor qualidade de vida, como ciclovias, parques, zerar deficit de habitação. Prevendo a capacidade para enfrentar os problemas e estudando se (a solução) depende só do município."

Com Orçamento de R$ 2,4 milhões - 34% contigenciado por conta da dívida herdada da gestão Aidan, no valor de R$ 110,3 milhões -, a cidade, ao menos, no primeiro biênio espera enxurrada de repasses do governo federal para viabilizar parte do plano. Nos bastidores, cogita-se a liberação de aproximadamente R$ 2 bilhões para Grana, devido a relação partidária e o interesse em estreitar o projeto de reeleição de Dilma Rousseff (PT) no Grande ABC.

Ao contrário do esperado, de acordo com o secretário de Comunicação, Leandro Laranjeira, o chamado do prefeito não fixou prazo para a entrega de intervenções, consideradas prioritárias para o governo, como, por exemplo, plano de mobilidade urbana, que tende a encabeçar a lista de ações, ao lado da implantação do Bilhete Único, prometido para maio. "Não foi prévia dos 100 dias (da administração). Foi mesmo debate de projetos."

Laranjeira sugeriu que a audiência promoveu ainda a conexão entre os integrantes do governo. "A ideia era fazer também a integração do secretariado, viabilizar esse diálogo entre as Pastas", resumiu o secretário.




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