O Sindicato dos Quimincos do ABC decidiu ontem que partirá para a pressão como forma de protesto contra as demissões de funcionários realizadas pelo Grupo Quattor. A idéia é forçar a empresa aceitar abrir negociações em torno de novas demissões.

Ficou decidido que os trabalhadores vão chegar com atraso na entrada dos turnos nas quatro empresas que formam o pólo petroquímico da Quattor (Unipar, Suzano, Polietilenos União e PQU) para pressionar a abertura de diálogo. "Caso a empresa continue se recusando, os trabalhadores farão a chamada ‘interrupção da rendição dos turnos', ou seja, um turno para, o seguinte volta e assim sucessivamente", informa o diretor do sindicato José Carlos Passoni.

A Quattor será comunicada da decisão das assembléias, na próxima segunda-feira, mas o início dos protestos será decidido pela diretoria da entidade que pretende trabalhar com o fator surpresa.

A petroquímica anunciou nos último dias a demissão de 63 trabalhadores, sendo 45 das unidades da empresa no Pólo Petroquímico de Capuava, no Grande ABC. A empresa alega necessidade de redução de custos por conta de efeitos da conjuntura econômica sobre os negócios.

Diante do anúncio, a direção do sindicato se disse ‘ indignada' pela ausência de diálogo e negociação, e reafirmou seus ‘princípios cutistas de não aceitar redução de direitos e propor medidas concretas para evitar atitudes irresponsáveis socialmente'.