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Mauá quer comprar alimentos e produzir merenda nas escolas

Faltando 2 semanas para as aulas, proposta ainda está sendo analisada por secretaria de Segurança Alimentar

Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
25/01/2009 | 07:00
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A Prefeitura de Mauá pretende produzir a merenda escolar que será oferecida aos cerca de 23 mil alunos matriculados na rede municipal. Faltando duas semanas para o início das aulas, a viabilidade da proposta ainda está sendo analisada pela secretaria de Segurança Alimentar, que não renovou o polêmico contrato de fornecimento de alimento com a Gourmaître Cozinha Industrial, encerrado na última quinta.

De acordo com a assessoria de imprensa do Paço Municipal, a ideia é fazer a contratação apenas de empresa fornecedora dos produtos alimentícios, que serão distribuídos nas 36 escolas da rede e preparados por merendeiras que já fazem parte do quadro de funcionários da administração. A Prefeitura afirma que são cerca de 80 merendeiras - uma média de duas por escola - que estavam desviadas de suas funções devido o contrato com a Gourmaître, que incluía o serviço.

Equipamentos nas cozinhas também não serão problema, segundo o governo. A Prefeitura afirmou que as unidades estão equipadas com fogões, geladeiras, panelas e outros utensílios domésticos.

ALIMENTOS - Para que a ideia estudada pela atual administração não custe caro e garanta a qualidade das merendas, a Prefeitura pretende também realizar parcerias com cooperativas alimentares, que oferecem produtos a preços mais acessíveis e até feirantes interessados em fazer doações.

A contratação de uma empresa para fornecimento dos produtos requer a abertura de uma licitação para escolha do menor preço dentro das exigências. Mas, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, o prazo para abertura e encerramento de um processo como este está apertado e há o risco de faltar alimentos nas escolas.

GOURMAÎTRE - O cancelamento do contrato de terceirização do serviço de merenda escolar com a Gourmaître foi uma das promessas de campanha de Oswaldo. Em 2006, o ex-prefeito Leonel Damo (PV) permitiu o encerramento do contrato com a Cathita sem ter iniciado um novo processo licitatório, provocando desabastecimento nos refeitórios.

Foi em setembro de 2006 que Damo preferiu fazer a contratação do serviço em caráter de emergência e sem licitação pelo período de três meses. O valor do contrato era de R$ 2,47 milhões - R$ 824 mil por mês -, quase três vezes maior que o anterior, de R$ 285,6 mil mensais. Com a suspeita de superfaturamento, Damo foi denunciado ao TJ (Tribunal de Justiça) e hoje é réu em processo criminal.




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