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DEM de Sto.André fará 'oposição programática' ao governo Aidan Ravin

Parlamentares, no entanto, foram liberados pela legenda a votarem de acordo com a 'consciência'

Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
13/01/2009 | 07:49
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O DEM de Santo André definiu segunda-feira à noite, em reunião com lideranças internas, que fará uma "oposição programática" ao governo de Aidan Ravin (PTB). A decisão, no entanto, não deve afetar em nada a governabilidade do petebista na Câmara, uma vez que os parlamentares democratas foram liberados para votar de acordo com a "consciência".

Presidente municipal da legenda e candidato derrotado à Prefeitura andreense na eleição de outubro, Raimundo Salles considera que a administração Aidan não representa mudança para a cidade. "Foi apenas uma troca de comando".

A decisão objetiva deixar o DEM livre para concorrer ao Paço, em 2012, com candidatura própria. Atrelar o projeto ao PTB significaria ‘amarrar' os democratas na defesa de uma provável reeleição de Aidan.

Mesmo dizendo-se oposição, Salles defende que o DEM reivindique os cargos na Prefeitura que, segundo ele, "são devidos". "O grupo do Aidan fez uma opção (no segundo turno) de conversar diretamente com os candidatos derrotados da sigla, prometendo empregos para quem ajudasse na campanha. Essa fatura terá de ser paga imediatamente, pois hoje as pessoas se veem na condição humilhante de tentar marcar com os articuladores do prefeito uma reunião para resgatar um crédito que elas têm."

Questionado se não considerava contraditório o fato de defender que o partido, enquanto instituição, seja oposição ao mesmo tempo em que não vê problema em os vereadores votarem como sustentação e filiados terem espaço na administração, Salles respondeu: "Sabemos que, infelizmente, a relação vereador-prefeito se dá de maneira fisiológica, do dando que se recebe. Fica na consciência de cada vereador. O tempo irá julgar. Sobre as pessoas que têm direito a uma posição no governo, estes cargos decorrem de apoio dado, não de sustentação futura."

Salles negou a intenção de atrapalhar a gestão Aidan. "Não quero fazer disso um cavalo de batalha, até porque não torço contra a cidade. Mas não há como me atrelar ao projeto dele, pois minhas teses não são defendidas pelo Aidan."

Bancada - O único vereador que não quis comentar a decisão do DEM foi Evilasio Santana dos Santos, o Bahia. Os demais - Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho, e Geraldo da Silva Souza, o Geraldino Isqueiro - disseram que fariam sustentação ao governo e defenderam um diálogo entre Salles e Aidan. "Acho que, agora, os partidos de oposição ao PT têm de se unir", avaliou Pinheirinho.




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