O Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) espera até a próxima quinta-feira o pagamento de um terço do salário referente a férias de 2.300 servidores da Prefeitura, a maioria da área de Educação, além de outros direitos trabalhistas, como licença-prêmio, plantões médicos e rescisões contratuais. Juntos, representam cerca de R$ 2 milhões, que terão de ser pagos pela administração.

Do contrário, uma reunião da diretoria do Sindema será feita para decidir outras medidas a serem tomadas, segundo a presidente Jandyra Uehara. "Esperamos que até o dia 15 a situação esteja regularizada. Pelo menos foi o que o pessal da Prefeitura se comprometeu a fazer nesta semana", afirmou a representante do sindicato.

Fora o atraso de 15 dias no depósito de parte das férias, a Prefeitura, que desde o último dia 1º está sob o comando de Mário Reali (PT), terá ainda de pagar, no próximo dia 15, o adiantamento do salário de janeiro para cerca de 7.000 servidores - a folha salarial gira em torno de R$ 5,6 milhões mensais. O motivo do não-pagamento, de acordo com a administração, é o sequestro de receita pela Justiça por conta de precatórios (dívidas judiciais).

No entanto, segunda-feira, mais uma vez, a Prefeitura não determinou prazo para o pagamento do benefício de parte das férias, antes que o Tribunal de Justiça de São Paulo julgue recurso interposto pela administração municipal. Na ação, a Prefeitura tenta impedir o sequestro de novos precatórios, que totalizarão R$ 10 milhões.

A Prefeitura não informou o total das dívidas de precatórios, entre desapropriações e alimentares (dívidas trabalhistas).
Reunião - Até sexta-feira, o prefeito fará reuniões individualizadas com os secretários, que apresentarão relatórios com as situações encontradas. A relação dos encontros não foi informada.