O Manchester United, apesar de jogar com 10 homens desde os quatro minutos do segundo tempo, fez valer sua melhor categoria para conquistar o título do Mundial de Clubes neste domingo em Yokohama (Japão), com um gol Wayne Rooney, aos 73 minutos.

O clube inglês conseguiu seu segundo título mundial, depois de ter vencido a Copa Intercontinental em 1999, graças à qualidade de seus homens, que superaram a expulsão do zagueiro central sérvio Nemanja Vidic, aos 49 minutos.

Mas faltando 17 minutos para o final, o Manchester United, que tivera muitas boas oportunidades para abrir o marcador, conseguiu seu gol depois de um passe do português Cristiano Ronaldo para Rooney, que chutou cruzado fora do alcance do goleiro José Cevallos, que se esticou todo para evitar a queda de seu arco.

"Ser campeão do mundo é um sentimento muito bonito, sobretudo, depois de estar com 10 homens em todo segundo tempo. É uma grande conquista do clube e no sentimos felizes", disse Rooney ao término da partida.

O passe de Cristiano Ronaldo a Rooney, artilheiro do torneio com três gols e eleito o melhor jogador deste evento, foi uma mostra da qualidade das estrelas do Manchester United e, isso, fez a diferença.

Até este momento, a Liga de Quito tinha controlado bem os jogadores ingleses, com uma grande atuação de seu goleiro Cevallos, e também teve suas oportunidades para marcar.
"O Manchester United tem uma equipe extraordinária, é evidente sua categoria. Tivemos nossas oportunidades no segundo tempo. Mas saio satisfeito com o que fez o time", disse o técnico argentino da Liga de Quito, Edgardo Bauza, em sua despedida.

No primeiro tempo, o time inglês poderia ter saído para o intervalo em vantagem, pois Rooney teve três claras oportunidades para marcar, assim como o sul-coreano Park Ji Sung e o argentino Carlos Tevez, com uma cabeçada, que Cevallos defendeu com o pé.

O veterano goleiro de 37 anos voltou a ser o herói da Liga de Quito, como o foi na final da Copa Libertadores contra o Fluminese, quando defendeu três tiros livres na definição por pênaltis.

A primeira boa oportunidade da partida foi da equipe equatoriana, quando Jairo Campo, próximo do arco de Van der Sar, chutou para fora.

No segundo tempo, as coisas ficaram melhores para a Liga de Quito quando o árbitro uzbeque Ravshan Irmatov mostrou um cartão vermelho direto para o sérvio Vidic, que deu uma cotovelada no argentino Claudio Bieler.

A expulsão de Vidic obrigou o técnico Alex Ferguson a sacrificar Carlos Tevez e colocar Jonny Evans para ocupar a posição do sérvio.

Mas, mesmo com dez homens, a qualidade dos jogadores do Manchester United era evidente e eles continuavam chegando ameaçadoramente à meta de Cevallos, que sempre bem colocado defendeu um chute de fora da área de Ronaldo (55) e uma cabeçada à queima-roupa de Rooney (61).

A Liga equatoriana chegou com clareza à meta inglesa com um chute de longe de Manso (63), que o goleiro holandês Edwin Van der Sar desviou para escanteio com dificuldade. Depois William Araújo voltaria a exigir uma grande intervenção de Van der Sar (72).

Mas um minuto depois, chegou o gol de Rooney, que matou qualquer possibilidade de reação dos equatorianos. O Manchester passou a administrar a partida, apesar de que no último minuto Manso quase surpreende o holandês com um chute de longa distância.