A Toyota adiará os grandes investimentos que havia previsto no Brasil, China e Índia para aumentar a produção e também eliminará os bônus dos executivos, em conseqüência da queda nas vendas de carros provocada pela crise mundial e a valorização do iene.

As medidas foram reveladas pela imprensa japonesa no momento em que existem especulações de que a maior fabricante mundial de automóveis pode anunciar um prejuízo de US$ 1,1 bilhão desde o segundo semestre do ano até março, no que seria a maior perda da empresa desde 1999, quando foram adotados os parâmetros contábeis norte-americanos.

O jornal econômico Nikkei informa, sem citar fontes, que a companhia congelará o plano de estimular a capacidade de produção anual nas fábricas do Brasil, China, Índia e no próprio Japão.

Além disso, a montadora japonesa prevê o adiamento da construção de uma fábrica no sul dos Estados Unidos até, pelo menos, 2011.

As medidas afetarão os fabricantes de componentes automobilísticos (autopeças) e outras empresas do setor podem seguir os passos da montadora, com o corte de investimentos, de acordo com o jornal.

A eliminação das bonificações aos executivos no atual ano fiscal permitirá a Toyota economizar quase um bilhão de ienes (US$ 11 milhões de dólares), segundo informam os jornais Mainichi Shimbun e Kyodo News.