O primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, pediu nesta terça-feira à Índia que divulgue as provas do envolvimento de paquistaneses nos ataques de Mumbai, durante uma entrevista à rede de televisão CNN.

"Nos deram nomes de organizações (...) mas isto não constitui uma prova. Se nos derem provas, vamos contribuir com nossa inteira cooperação e então daremos nosso ponto de vista", afirmou Gilani à CNN.

O premiê indiano, Manmohan Singh, acusou elementos do Paquistão de planejar os atentados. Seu vice-ministro do Interior, Shakeel Ahmad, afirmou hoje que todos os terroristas eram de origem paquistanesa.

Os serviços secretos indianos apontam o grupo ilegal Lashkar-e-Taiba, baseado no Paquistão e ativo na Caxemira, como o responsável pelos ataques em Mumbai.

Os ataques contra Mumbai, capital financeira da Índia, deixaram ao menos 188 mortos e 313 feridos.

Gilani desmentiu as informações de que o Exército paquistanês poderia deslocar tropas do noroeste, onde combatem os talibãs ligados à Al Qaeda, para levá-las à fronteira oriental com a Índia.

"Repito que o Paquistão atuará com muita responsabilidade...", concluiu o premiê indiano.