Política Titulo Diadema
Reali mantém 85% da base de Filippi

Das 21 Pastas, 13 serão ocupadas por secretários do atual governo e cinco do segundo escalão

Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
29/11/2008 | 09:32
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O prefeito eleito de Diadema pelo PT, Mário Reali, mantém 85% da base do atual chefe do Executivo, José de Filippi Júnior (PT), no seu governo. Dos 21 nomes anunciados, 13 são ou foram secretários, e cinco pertencem ao segundo escalão do petista. Apenas o secretário de Meio Ambiente, que será do PV, ficou em aberto.

"É um governo de continuidade, mas com novos desafios e avanços", justificou Reali ontem, quando questionado sobre a razão de ter mantido vários nomes do governo Filippi. O prefeito eleito apresentou os outros 14 nomes que integrarão a sua equipe a patir de 1º de janeiro. Os sete primeiros secretários foram anunciados no último dia 14 (veja a relação dos escolhidos ao lado).

Ao lado do vice-prefeito Gilson Menezes (PSC), Reali apresentou nome por nome da lista, que vinha sendo aguardada e comentada nos bastidores políticos da cidade. Dois deles vêm da Prefeitura de Santo André, hoje administrada pelo petista João Avamileno. O engenheiro Luiz Paulo Bresciani assume a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Urbano. Já o arquiteto Márcio Vale ficará responsável pela Habitação.

Bresciani foi secretário de Desenvolvimento Econômico e Ação Regional de Santo André, mas integrou o grupo dos 13 representantes do alto escalão que assinou carta de exoneração coletiva em repúdio ao apoio de Avamileno ao deputado estadual Vanderlei Siraque nas prévias do partido.

Márcio Vale foi diretor de Habitação de Avamileno, além de ter atuado na Secretaria de Obras de Ribeirão Pires, durante a gestão de Maria Inês Soares (PT).

No entanto, o nome da ex-secretária de Habitação de Santo André Rosana Denaldi, - também do grupo que se rebelou contra Avamileno - , era forte nos bastidores para assumir a Pasta. Reali ressaltou as qualidades profissionais da arquiteta, mas disse que, no momento, ela não fará parte do seu governo. O nome de Rosana, porém, não está descartado para assumir alguma administração petista da região.

Compromisso - Sobre a escolha dos nomes e das siglas partidárias, Reali apontou três fatores determinantes: densidade eleitoral, capacidade técnica e compromisso político.

São os casos de Antonio Fidelis e João Garavelo, respectivamente, presidente do PT de Diadema, e ex-presidente da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), que atuaram na linha de frente na coordenação de campanha do petista.

Gilson Menezes foi contemplado com duas Pastas: Cultura, como já era previsto, e Abastecimento, que será comandada pelo ex-candidato a vereador Pedro Soares, atual presidente do PSC, partido do futuro vice. "Uma pela cota do partido e outra pelo vice", brincou Reali, ao admitir que Gilson agregou votos para sua inédita conquista.

Durante o anúncio, Reali afirmou que Filippi e Gilson contribuíram para a escalação do seu time, uma vez que acumulam experiência no Executivo. "São bons conselheiros e eu respeito a opinião dos dois. Afinal, fui secretário e deputado estadual, mas nunca prefeito", afirmou.

O PCdoB, partido que integrou a coligação petista e que hoje comanda a Secretaria de Esportes, não foi contemplado.




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