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Diário Caipira - Fim de festa no Interior
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
22/11/2008 | 07:04
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Embora várias modalidades ainda não conheçam os seus campeões, a sexta-feira dos Jogos Abertos do Interior teve jeito de fim de festa. Varias delegações, principalmente as menores - e mais divertidas - já deixaram a cidade. As barracas que fervilhavam nas imediações do estádio do XV de Piracicaba, ontem à tarde, já estavam vazias.

O circo da Olimpíada Caipira - neste ano ainda mais caipira devido ao número de pequenas cidades que participaram graças à separação em primeira e segunda divisões - já começa a ser desmontado. Veteranos e novatos na competição já pegaram a estrada. Hoje, o último dia de competições, é para a elite, para as cidades que encaram os Jogos com seriedade, não para as que mantêm o clima prosaico da competição iniciada a 72 anos em Monte Alto.

Depois de hoje à noite, quando a bandeira dos Jogos for passada adiante - oficialmente a sede de 2009 será Santos, mas pode haver mudanças -, ficam apenas as lembranças.

Tenho certeza que sempre que algum atleta olímpico aparecer na tevê em programas esportivos, alguém de Piracicaba, ou de alguma outra cidade do Interior, irá lembrar-se que o viu em ação durante os Jogos.

Além da memória, fica o legado deixado pela competição. Seja a nova pista de atletismo do Sesi, ou as praças esportivas que foram reformadas para a competição. Mas fica também o incentivo à prática esportiva. Por 12 dias a cidade respirou esporte, viveu esporte e conviveu com bons exemplos.

Para quem passou por Piracicaba, ficam também as histórias dos heróis anônimos. Aqueles que saem de suas cidades com total certeza de que não conquistarão medalha alguma, mas que, mesmo assim, se orgulham de competir.

Ficam também os maus exemplos, daqueles que tentaram burlar as regras, como o time de vôlei que trouxe 70% de seus jogadores com documentação falsa e que terá de se explicar criminalmente, já que nenhum de seus dirigentes sequer apareceu na sessão de julgamento realizada no comitê dos Jogos.

Fica também a expectativa para o ano que vem, seja onde for a competição, para que os Abertos sejam ainda mais grandiosos.

DE CABELO EM PÉ
Os clientes do barbeiro Marino Almeida, o único do bairro do Jaraguá, em Piracicaba, estão a uma semana sem serem atendidos. Ele joga damas pela cidade e desde o início da competição trocou a tesoura e a navalha pelas pedras e o tabuleiro.

AVISO AOS ‘NAVEGANTES'
A placa afixada nas proximidades do estádio do XV de Piracicaba tem a finalidade de avisar aos navegantes que estamos em Piracicaba, e não na Jamaica.

APARECEU
Depois de dez dias, finalmente encontramos a famosa pamonha de Piracicaba. Segundo o vendedor, o produto estava escondido porque é o segredo do bom rendimento dos atletas da cidade (está em quarto lugar na classificação geral). Misturada com a cachaça artesanal da cidade, então, é energia pura e sem doping.




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