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'Briga de família' na final do taekwondo
Nilton Valentim
Enviado a Piracicaba
19/11/2008 | 07:01
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A família Wenceslau já está acostumada. Nos últimos três Jogos Abertos do Interior os irmãos Márcio e Marcel se encararam na final da categoria até 56 kg do taekwondo. Ontem, em Piracicaba, os dois foram, um a um, eliminando seus adversários até sobrarem no tatame. Márcio, que lutou por São Caetano, levou o ouro, e Marcel, de São Bernardo, a prata.

Quando não estão frente a frente, os dois costumam se revezar nas competições. Márcio esteve nos Jogos Olímpicos de Pequim. Quatro anos antes, em Atenas, foi Marcel quem representou o País. "Meu pai já lutava, meus outros dois irmãos também estiveram no esporte por um tempo e pararam. Isso vem de berço", conta Márcio.

Com os dois no tatame, a briga é forte. Se engana quem pensa que possa haver algum tipo de corpo mole por serem da mesma família. "Somos profissionais. É dessa forma que ganhamos o nosso dinheiro e aqui não tem como misturar as coisas", conta Márcio.

Marcel tem uma visão muito particular sobre o confronto com seu irmão. Para ele, não se trata simplesmente de uma luta, mas sim da confirmação de que ambos são os melhores atletas dentro da categoria.

"Quando chegamos nessa luta final, é como se fosse um prêmio pelo nosso esforço. Quem estiver melhor no dia vai sair vencedor", afirma. "Nosso objetivo não é um ganhar do outro, mas, juntos, conquistarmos o maior número possível de títulos", completa Márcio.

Mesmo com experiência olímpica, os dois atletas valorizam a disputa dos Jogos Abertos. "Aqui estão os principais atletas do País e hoje o Brasil está em um nível muito elevado do taekwondo. Quem luta aqui são os melhores atletas, todos em condições de participar de provas internacionais", destaca Márcio.

BRASIL X ARGENTINA
As finais de ontem pegaram fogo no confronto da categoria até 80 kg, entre São Bernardo e Piracicaba. O time da casa contava com o argentino Sebastian Grismanich, que encarou André Bilia.

No meio da luta, a torcida passou a gritar "Brasil, Brasil". A luta ficou emocionante. E o argentino, que até então estava em desvantagem, passou a atacar. Empatou a luta e, nos momentos finais, conquistou a vitória e começou a vangloriar-se batendo no peito, sendo vaiado pela torcida presente no ginásio do Sesi.




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