Economia Titulo Expectativa
Shoppings esperam vender mais neste Natal
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
31/10/2008 | 07:07
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Os shoppings do Grande ABC estão otimistas com o Natal deste ano. A expectativa é de aumento nas vendas de entre 15% e 21%, se comparado com 2007. Para isso, eles investiram em ações, como campanhas publicitárias, promoções para alavancar os resultados.

O Mauá Plaza Shopping investiu aproximadamente R$ 950 mil e tem uma como expectativa aumentar suas vendas em 21%. Quanto ao fluxo de público, o shopping espera um incremento de até 32% em relação ao Natal de 2007.

No ABC Plaza Shopping, em Santo André, a expectativa é de 15% a mais nas vendas neste Natal, frente ao mesmo período do ano passado. Entre novembro e dezembro, o fluxo de público esperado é da ordem de 2,5 milhões de clientes. Segundo Márcia Pacheco, gerente de marketing do shopping, foi feita uma sondagem de expectativas junto aos lojistas. O otimismo é unânime.

Para atingir as metas, o ABC Plaza conta com diversas ações, entre elas, uma promoção que vai sortear um carro Citröen C3. Em parceria com rede de cartões Visa, o ABC Plaza realizará, entre 6 de novembro e 28 de dezembro, a promoção "Enfeite sua garagem neste Natal".

Esse ano, o shopping investiu 10% a mais do que o ano passado, afirma Márcia, na decoração cujo tema é "Contos de Natal", que será inaugurada no próximo dia 6.

No Shopping ABC, que fica também em Santo André, o tema desse ano é "Natal em Neve", onde o Papai Noel vai mostrar seus dotes artísticos e tocar flauta transversal, acompanhado de um coral de pingüins dançarinos. O complexo também realizará uma promoção, na qual, a cada R$ 250 em compras o cliente ganhará um pingüim de pelúcia. O shopping investirá, neste Natal, R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil na decoração e o restante na campanha.

Segundo a gerente de Marketing Elizabete Henriques, ainda é cedo para dar qualquer parecer sobre expectativas, mas o shopping espera receber cerca de 9% a mais de público em relação a 2007.

O Shopping Metrópole, de São Bernardo, também tem boas expectativas para a data. Segundo a assessoria de imprensa é esperado um crescimento de vendas de 18%, e de 13% no fluxo de público, em relação a 2007. Para atrair o público, o shopping vai realizar oficinas de Natal, onde crianças entre 4 e 12 anos aprenderão a confeccionar biscoitos em formatos de Papai Noel, anjos e bonecos.

CAUTELOSOS - O vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Octavio Leite Vallejo, o comércio deve ficar mais cauteloso com relação a grandes expectativas.

Para presidente da Acisbec (Associação de São Bernardo), Valter Moura o Natal será bom, mas as pessoas estão cautelosas, porque a crise está na cabeça de cada um.

Região poderá avaliar impacto da crise depois do Natal

Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC

Com a incerteza gerada pela instabilidade dos mercados financeiros internacionais, é difícil mensurar o impacto que a crise econômica tem no Grande ABC.

Porém, o professor de Economia da Universidade Metodista, Sandro Maskio, alega que a região aponta sinais. "Os indivíduos do Grande ABC já podem captar alguns sinais dos efeitos grados pela crise. Um exemplo disso está na indústria automobilística e de autopeças - muito representativas na região -, que estão adiantando férias coletivas, reduzindo turnos de trabalho, e diminuindo a escala de produção."

Segundo o professor, as próximas semanas, que precedem o Natal serão um excelente termômetro para avaliação da expectativa dos consumidores com relação aos efeitos da crise. "Uma retração do consumo frente ao mesmo período do ano anterior mostrará uma avaliação negativa e temerosa por parte dos consumidores. Ainda que o consumo aumente um pouco, esta percepção do consumidor poderá ser observada", explica.

Para Maskio, a média dos valores dos presentes natalinos, o número de presentes, a evolução do grau de endividamento do consumidor nas compras de Natal, vão revelar a percepção do consumidor para o período futuro. "Uma questão é certa, os efeitos da crise atingirão a economia real do País. As próprias medidas do Banco Central antecipam a expectativa da ocorrência de tais efeitos", conta.

Segundo o professor, a dúvida, é saber quando os efeitos atingirão seu maior impacto, por quanto tempo perdurará, e qual será a capacidade da economia brasileira de superar, e retomar uma trajetória mais previsível de crescimento.




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