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Kim Jong-Il provavelmente está hospitalizado, afirma Aso

Autoridades americanas e sul-coreanas acreditam que Kim teve um derrame, mas continua no comando do país

Da AFP
28/10/2008 | 08:55
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O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, afirmou, ao citar um relatório dos serviços de inteligência, que o líder norte-coreano Kim Jong-Il provavelmente se encontra hospitalizado, mas pode seguir tomando decisões.

"O Japão dispõe de informações segundo as quais está provavelmente no hospital", declarou Aso no Parlamento japonês.

"O estado de saúde dele não é muito bom. Porém, não acreditamos que seja incapaz de tomar decisões".

A saúde de Kim Jong-il e sua sucessão são objetos de boatos desde que, em 9 de setembro, não compareceu ao grande desfile militar que celebrou o 60º aniversário do regime de Pyongyang.

Autoridades americanas e sul-coreanas acreditam que Kim foi vítima de um derrame, mas prossegue no comando do país.

O canal japonês Fuji TV informou na segunda-feira que um cirurgião francês viajou à Coréia do Norte para atender o líder de Pyongyang.

Aso disse estar a par da reportagem.

"Também sabemos que o médico francês viajou a Pequim depois de ter sido contactado pelo filho mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-Nam, em Paris", acrescentou.

O premiê japonês se recusou a revelar mais detalhes sobre o estado de saúde de Kim Jong-Il e a que país pertencia o serviço de inteligência que forneceu a informação, limitando-se a comentar: "Hoje em dia obtemos informações de diversos setores".

Aso é conhecido por adotar uma postura muito crítica em relação à Coréia do Norte e por fazer declarações pouco diplomáticas sobre a situação desse país.

Os rumores sobre o estado de saúde de Kim surgiram depois da Coréia do Norte ter retomado o desmantelamento de suas centrais nucleares, depois que os Estados Unidos retiraram esse país da lista de países que apóiam o terrorismo.

"Sinceramente, creio que Kim Jong-Il está doente. No entanto, ao ver que foi capaz de dar instruções nas negociações com os Estados Unidos, chego à conclusão de que seu estado de saúde não é tão grave", disse o professor emérito da Universidade de Tóquio, Haruki Qada, em uma entrevista coletiva à imprensa.

Wada e outro professor associado da Universidade de Tóquio, Tadashi Kimiya, visitaram Pyongyang de 18 a 22 de outubro em um grupo privado com o objetivo de normalizar as relações entre Japão e Coréia do Norte.

Wada, que não consultou diretamente as autoridades norte-coreanas sobre o estado de saúde de Kim, disse que a Comissão Nacional de Defesa norte-coreana assumiria o comando caso seu líder não fosse capaz de voltar ao poder.

 




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