Economia Titulo Crise
Líderes asiáticos e europeus defendem reforma financeira
Da AFP
25/10/2008 | 07:28
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Os líderes dos 43 países europeus e asiáticos defenderam ontem, em Pequim, uma reforma completa do sistema financeiro global, ao fim do primeiro dia de uma reunião de cúpula regional centrada na crise mundial.

"Os líderes defendem empreender uma reforma eficaz e completa dos sistemas internacionais financeiro e monetário", indica um comunicado da China.

"Concordaram em tomar rapidamente iniciativas apropriadas a respeito, consultando todas as partes e com as instituições financeiras internacionais relevantes", seguiu a nota.

"A envergadura da crise internacional que se agrava afetou seriamente a estabilidade financeira internacional e o crescimento econômico mundial", declarou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, na abertura dos trabalhos da cúpula no Palácio do Povo (parlamento), na simbólica praça de Tiananmen (Paz Celestial).

Os 43 países presentes em Pequim representam cerca de 60% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.

O presidente francês Nicolas Sarkozy também afirmou, antes do início da reunião, desejar que que a cúpula Ásia-Europa seja uma oportunidade para que os continentes apresentem uma "frente comum de iniciativas" para a reunião do G20, prevista para 15 de novembro, sobre a crise financeira.

"Gostaria que se aproveitasse este encontro de 43 países para preparar a reunião de Washington de 15 novembro. Quis esta reunião e desejo que possamos apresentar uma frente comum de iniciativas para que as mesmas causas não produzam os mesmos efeitos", declarou Sarkozy no início do encontro bilateral, ao lado do colega chinês Hu Jintao.

"Esta reunião é particularmente bem-vinda quando o mundo atravessa uma crise financeira sem precedentes. Tenho a convicção de que Ásia e Europa devem trabalhar juntos para regulamentar de maneira diferente o sistema financeiro mundial", acrescentou.

ESPANHA - Mesmo sem ter sido individualmente convidada, a Espanha quer participar da reunião de cúpula sobre a crise financeira marcada para o próximo dia 15 em Washington, informou ontem o governo do país ibérico.

Na quarta-feira, a Casa Branca anunciou que realizará em 15 de novembro uma reunião de cúpula do Grupo dos 20 (G20), que inclui os países mais ricos do mundo e as principais nações emergentes da atualidade. Madri exige que a Espanha seja convidada a participar como "a oitava potência econômica mundial".

Uma fonte no governo espanhol disse que os diplomatas do país estão pressionando "em todas as direções e em todos os níveis para assegurar que a Espanha esteja lá". A mídia espanhola informou que a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice recusou-se a enviar um convite individual para a Espanha.

 




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