O secretário de Finanças de Diadema, Francisco José Rocha, não descartou aumento salarial aos funcionários públicos, que prometem para o dia 14 protesto na Câmara pedido reajuste de 7,39% nos vencimentos dos quase 7.000 servidores.

"Vamos avaliar o reajuste. Ainda não está fechada essa discussão", alegou Rocha, durante audiência pública de Finanças realizada na quarta-feira.

O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) iniciou campanha salarial. A data base para correção nos vencimentos é abril.

Na quarta-feira, Rocha apresentou balanço financeiro do Paço mostrando que o comprometimento da receita com a folha de pagamento está em 51,08% - o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) é de 54%.

"Estamos diminuindo gastos com servidores. Vamos reduzir o número de nomeações (em cargos de comissão). Há pressão, mas estamos segurando. São ações efetivas para nos dar mais condições financeiras", afirmou o titular da Pasta.

Segundo Rocha, somente em 2012 a Prefeitura despendeu R$ 40 milhões com pagamento de horas extras, jornadas dupla e com plantão de médicos. "É um número que precisamos diminuir."

Uma das medidas para impulsionar a receita, de acordo com o secretário, é intensificar a cobrança da dívida ativa do município, que está em R$ 850 milhões. "Se tivermos ações efetivas para arrecadar ao menos 10% (do passivo ativo), teremos mais de R$ 80 milhões nos cofres."

O primeiro passo é a aprovação de projeto de lei que refinancia débitos de credores com o município. O desconto pode chegar a 100% dos juros caso o contribuinte quite integralmente a dívida. O texto foi protocolado na Casa na semana passada.