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Quedas de energia abrem filão para nobreaks
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/03/2013 | 07:22
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Principalmente em época de chuvas, quando há quedas de energia constantes, pequenas empresas e consumidores se dão conta de como seria importante se tivessem algum dispositivo para proteger e manter funcionando computadores e outros equipamentos, mesmo sem luz. De olho nas vendas para a população em geral, a Lacerda Sistemas de Energia, de São Bernardo, vai iniciar em abril a fabricação de nobreaks domésticos - produto que mantém, por minutos e alguns casos até horas, os equipamentos eletrônicos funcionando quando cai a eletricidade.

A fabricante se preparou para ingressar nesse nicho de mercado. No início deste ano, transferiu sua sede de Santo André para instalações mais amplas em São Bernardo - o imóvel anterior tinha cerca de 5.000 m² e o atual conta com 7.500 m² de área total -, com investimento estimado em R$ 500 mil, e está aportando mais R$ 1 milhão para o desenvolvimento dos produtos e a instalação da linha de produção específica. Nessa ampliação, também faz contratações: hoje tem quadro com 200 empregados e a meta é chegar a 260 até o segundo semestre.

A companhia, que já atua no ramo de nobreaks corporativos (para a proteção de sistemas de informação de grandes empresas, como bancos e redes varejistas) tem metas ambiciosas. O objetivo é dobrar o tamanho da receita até 2016 - atualmente fatura R$ 60 milhões - apenas com a entrada no segmento doméstico. Isso porque há meta de atingir 30% de participação nesse mercado, que movimenta cerca de R$ 200 milhões.

 

CORPORATIVO

A ampliação do leque de produtos ocorre depois de trajetória bem sucedida no atendimento a grandes companhias, cita o diretor comercial, Joilson Lacerda Alves. Fundada em 1992, um ano depois de o então presidente Fernando Collor quebrar as barreiras tarifárias à importação, a companhia nasceu inicialmente para prestar serviços de assistência técnica para multinacionais e tornou-se fábrica em 2001. "O mercado pedia isso, sempre trabalhamos com grandes empresas como Carrefour, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal", afirma.

Consolidada nessa área, a empresa resolveu dar um passo além, com o ingresso no segmento doméstico. Isso, no entanto, segundo o empresário, exige maior capacidade de produção e menor custo, daí a necessidade de partir para um local em que pudesse fazer a fabricação em larga escala.

O diretor destaca que há espaço para crescer no mercado, entre outros fatores, por causa das vantagens do nobreak, em relação aos estabilizadores, que ainda são bem mais conhecidos dos consumidores. Esse último pode ser adquirido por algo como R$ 60, mas aquele item, além de proteger contra oscilações da corrente elétrica, mantém os equipamentos operando. E com novas tecnologias, também está ficando mais acessível. O da Lacerda deve chegar às lojas por cerca de R$ 200, na versão mais básica.

 

 




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