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Lula ficaria desmoralizado com 3º mandato, diz FHC
01/05/2008 | 07:08
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O ex-presidenteFernando Henrique Cardoso disse nesta quarta-feira acreditar que o presidente Lula “ficaria desmoralizado se, depois de tudo o que disse”, aceitasse discutir a possibilidade de um terceiro mandato. “Quem fica três (mandatos), fica dez”, afirmou.

“Mandato indefinido é abrir as portas para o autoritarismo, o personalismo, não tem cabimento. Fere o princípio da democracia.”O ex-presidente ressalvou, porém, acreditar “na palavra”de Lula. “O presidente tem reiterado que não é favorável ao terceiro mandato. Confio nele.”Fernando Henrique disse que a pressão de partidos interessados é natural e sempre vai existir, mas avaliou que o “importante é a responsabilidade histórica de quem lidera”. Para ele, seria um gesto “insensato”de quebra da alternância de poder permitir que alguém “fique eternamente”.

Sobre a recente declaração de Lula de que oito anos são pouco para um governante realizar tudo o que quer, ele disse que um País não é feito só por um homem nem só por um partido. “Veja o que aconteceu: o PT, que pareceu que ia mudar tudo que eu tinha começado, deu continuidade à maior parte das coisas".

A tese do terceiro mandato seria aceita pela maioria da população: “Boa parte da população quer a pena de morte. Será que vale a pena? O tema não deve ser tratado dessa forma.”As declarações de Fernando Henrique foram feitas pouco antes de participardareunião da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, no Rio.

Alckmin
- Para o tucano, a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin a prefeito de São Paulo é irreversível. “Ele (Alckmin) não vai abrir mão da candidatura, e eu estou com ele”, declarou, ao comentar a discussão sobre eventual aliança com o DEM para tentar a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM). “Pode haver discordância de ponto de vista aqui ou ali, mas isso não tem gravidade.”Fernando Henrique disse que “todo mundo sabe”qual é sua estratégia preferida, mas ressalvou que “política não é só estratégia, são interesses concretos, momentâneos”.

“Acho que o fato de haver disputa –e provavelmente vai haver, são pessoas de partidos diferentes –é normal. Depende de como se faça a disputa para permitir que haja uma reconciliação no segundo turno”, declarou Nesta quarta-feira o ex-presidente.




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