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PSB sugere pesquisa para PT andreense definir vice
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
22/04/2008 | 08:28
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Preocupado com a grande quantidade de postulantes ao cargo de pré-candidato a vice-prefeito na chapa governista em Santo André, liderada pelo deputado estadual petista Vanderlei Siraque, o PSB – primeira sigla a se aliar ao PT local visando a eleição de outubro – sugeriu a adoção de uma maneira “democrática” para definir o nome.

O presidente estadual do PSB, deputado federal Márcio França, oficializou proposta aos petistas para que seja realizada uma pesquisa. “Os aliados apresentam seus nomes e aquele que tiver mais popularidade se torna o vice. Quando uma consulta popular é bem feita, ela se aproxima muito da realidade. Por isso, quem for mais votado vira o vice.”

Na opinião do socialista, a pesquisa seria a forma mais justa para se chegar ao consenso tão defendido pelo PT, meio pelo qual todos os pleiteantes teriam chances iguais de disputa. “Quando a pessoa perde no voto, por mais que fique decepcionada, logo se conforma, diferentemente de quando outros métodos são adotados. Fica um clima de constrangimento, desagradável entre os demais aliados que não foram escolhidos”, justificou.

A proposta foi endossada pelo presidente do PSB no município, vereador José Ricardo. “Pela experiência do Márcio, que já foi prefeito (de São Vicente, no Litoral do Estado) e teve de lidar com este tipo de coisa, percebemos se tratar de uma possibilidade interessante”, apontou o parlamentar, cujo nome faz parte do leque de especulações sobre o possível vice.

Receptividade - A sugestão do aliado agradou ao PT. “Realmente é uma idéia boa, embora, de alguma forma, já estejamos fazendo algo neste sentido”, argumentou Tiago Nogueira, presidente petista em Santo André, sem entrar em detalhes.

O dirigente do PT citou a importância da questão pela dificuldade em contentar a todos. “Os partidos que estão se coligando com a gente gostariam que escolhêssemos um candidato indicado por eles. Há casos, como o próprio PSB e o PMDB, em que há até mais de um postulante à vaga. Então, uma boa saída para definirmos essa questão seria utilizar um recurso transparente e democrático”, sustentou.

Tiago lembrou, porém, que antes de tomar uma atitude, o PT precisa submeter a idéia às legendas coligadas para saber se há espaço para a intenção ser colocada em prática.

Siraque também aprovou a proposta, mas fez ressalva. “Pode ser um caminho, mas não o único instrumento de avaliação. Até porque, a escolha do vice não é no sentido de quem tem mais ou menos votos, e sim quem tem mais condições de somar à candidatura. A pessoa pode ter 5% das intenções de voto, mas me tirar 5%. Aí ficaria no zero a zero. Outra pode registrar apenas 1% que irá se somar ao que já tenho”, salientou. “A idéia é interessante, mas principalmente para avaliarmos o perfil adequado do vice.”

O PT conta com cinco aliados para a disputa eleitoral (PSB, PV, PHS, PSL e PRB). Acredita-se que haja cerca de dez interessados em ser o vice de Siraque, contabilizando siglas que nem fecharam acordo com PT, como PMDB e PDT.



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