A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) deu sinal positivo ontem às centrais sindicais sobre a campanha pela redução da jornada sem diminuição dos salários. A entidade deve ainda levar o assunto ao seu secretariado, mas o secretário-geral da conferência, dom Dimas Lara, se declarou a favor da bandeira.

Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o apoio da CNBB será de grande valia para a campanha. “A igreja atinge uma parte da população que as centrais não têm alcance, como os trabalhadores informais, por exemplo.”

O dirigente conta que o secretário-geral da entidade se colocou até a disposição para participar da entrega do abaixo-assinado pela redução da jornada no Congresso, que está marcado para o dia 29 de maio.

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, afirma que a CNBB tem mostrado um apoio importante à causa dos trabalhadores por meio das pastorais e deve ampliar a campanha ao movimento social.

A conferência deve levar a causa para as paróquias, fazendo a divulgação da campanha e ainda trabalhando na coleta de assinaturas para o documento que irá pedir a mudança da jornada semanal de 44 horas para 40. Procurada pelo Diário, a CNBB não se pronunciou sobre o assunto.