Economia Titulo Em janeiro
Atividade industrial paulista reage e cresce 2,1%
Leone Farias
01/03/2013 | 07:00
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Impulsionada pelo setor de máquinas e equipamentos, a atividade industrial no Estado de São Paulo mostrou bom desempenho em janeiro. Pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apontou crescimento de 2,1% frente a dezembro na série com ajuste sazonal (ou seja, descontados os efeitos de eventos tradicionais, como o Natal). Sem esse ajuste, a alta foi de 3,7%, maior variação desde 2003.

Os fabricantes de maquinários tiveram crescimento de 3,3% no mês passado frente a dezembro. Isso pode indicar uma reação nos investimentos das empresas para ampliação da produção. Segundo o diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp, Paulo Francini, o dado confirma o anúncio feito pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) de que as consultas para linhas de financiamentos voltadas a expansão ou modernização de fábricas aumentaram nos últimos meses.

Levantamento da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), divulgado na quarta-feira, também sinaliza o início de recuperação da economia em 2013. A associação registrou leve crescimento de vendas de maquinários - mas foi a maior variação desde 2009 - e aumento também do volume de pedidos em carteira por parte das companhias produtoras em janeiro.

A melhora em janeiro era esperada, sobretudo no segmento de caminhões e ônibus. No ano passado, além da conjuntura de desaceleração econômica, as montadoras tiveram que reduzir sensivelmente a produção, pois as empresas clientes se anteciparam e renovaram suas frotas em 2011.

Muitas companhias (por exemplo, transportadoras de carga) fizeram isso para não terem de arcar com os custos (cerca de 15% mais altos) de veículos equipados com novas tecnologias, necessárias para adequação a norma mais rígida de emissão de poluentes (o Proconve 7, similar à europeia Euro 5, entrou em vigor em 2012). Agora não há mais estoques de Euro 3 (a norma anterior). "Além disso, a linha PSI (do BNDES) continua facilitando a compra de máquinas (e também de caminhões e ônibus). Este ano está bem melhor", assinala o terceiro diretor financeiro do Ciesp, Shotoku Yamamoto, que é empresário de Ribeirão Pires.

 

 




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