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Do Diário do Grande ABC
Com o objetivo de indicar o pré-candidato a vice-prefeito do PT na eleição municipal deste ano, em Santo André, o PMDB acredita que o principal empecilho nesta caminhada seja o PDT.
“Tenho certeza que trata-se de um partido forte nesta disputa. Eles têm quatro ou cinco quadros, tanto homens quanto mulheres, capacitados para ser o vice”, analisa o vereador Sargento Juliano, presidente do PMDB, sem citar nomes.
O parlamentar, também líder de governo no Legislativo, garante não acreditar na candidatura lançada pelo PDT, cuja chapa pura é formada pelo empresário Ajan Marques (prefeito) e pelo sindicalista Cícero Firmino da Silva, o Martinha (vice).
“Não estou desmerecendo as pessoas. Falo da candidatura em si. Acredito ser apenas um balão de ensaio”, afirma o presidente do PMDB.
Na opinião do parlamentar, o PDT se encontra em “situação privilegiada” atualmente. “Enquanto alguns partidos estão se antecipando e já definindo apoios, achando que estão fazendo a coisa certa, eles (pedetistas) estão tranqüilos, deitados em berço esplêndido”, avalia.
Sem rumo - O presidente do PDT, Adonis Bernardes, não compartilha da opinião de Juliano. “Garanto que temos os melhores candidatos a prefeito e a vice. Mas hoje não estamos disputando a indicação do vice do PT, e sim a eleição.”
Segundo o dirigente pedetista, o PMDB andreense está sem rumo. “Estão desorientados, falta unidade. Eles têm dificuldades até em definir o nome para indicar ao PT.”
Histórico - Juliano já era para ter sido vice do PT nesta legislatura. Não o foi em decorrência de uma disputa interna que rachou o PMDB no pleito de 2004. O nome dele voltou a ser ventilado no ano passado, durante a prévia petista.
Segundo informações, ele seria o vice no caso de vitória da vice-prefeita Ivete Garcia no processo interno petista. Mas, em função da derrota dela para Vanderlei Siraque, as coisas ficaram mais difíceis para os peemedebistas.
E se complicaram ainda mais depois do surgimento de duas pré-candidaturas no PMDB, do engenheiro Edgard Brandão e do economista Carlos Alberto Marcilio.
Petistas têm confidenciado que um dos problemas de um possível acordo com o PMDB é o racha interno ocasionado pelo fato de diversos nomes estar disputando espaço no partido.
Com a possível falta de espaço para indicar o vice petista, o PMDB não descarta chance de se aliar a forças de oposição no município. Juliano já teve seu nome atrelado como possível vice do PSDB (Newton Brandão) e do PTB (Aidan Ravin).
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